A Alimentação, A Energia Vital e as nossas Emoções

Rute Caldeira // Outubro 25, 2016
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Se cada um de nós conhecesse o seu corpo, se estivéssemos atentos aos seus sinais, à forma como ele se comporta após ingerirmos um determinado alimento ou após vivermos uma determinada emoção, estaríamos conscientes de que somos unos com este templo sagrado e de que este templo reage de imediato aos diferentes alimentos – comida, emoções/pensamentos, horários – com que o nutrimos, ou “desnutrimos”. Ele mostra-nos claramente o que é prejudicial e o que é saudável, o que nos dá energia e o que nos deixa de rastos.

O nosso corpo é constituído por ossos, músculos, órgãos, células, moléculas, ADN, mas é também constituído por energia vital ou Ki. Para compreender melhor do que falo, imagine o seu corpo preenchido por cabos finos de eletricidade. A estes cabos dá-se o nome de nadis, que são veias. Temos cerca de 72 mil nadis espalhados pelo nosso corpo e eles são condutores de energia vital ou ki.

Vamos pensar no papel que as veias têm no nosso sistema circulatório, elas são responsáveis por trazer o sangue “pobre” em oxigénio até ao coração (exceto as veias pulmonares que levam o sangue oxigenado dos pulmões ao átrio esquerdo do coração). O sangue tem uma função vital e fundamental no nosso organismo, e a perda drástica de sangue pode levar uma pessoa a um estado de choque, e posteriormente, ao óbito. O mesmo acontece com a energia Ki, ela é vital no nosso corpo, ela alimenta-nos, dá-nos vida, e se por acaso, ela reduz drasticamente, seja pela forma como nos alimentamos, pela forma como pensamos, ou pela forma como nos sentimos, vamos verificar no nosso corpo também um estado de choque, que na maioria dos casos leva à doença. A doença surge depois de um longo período de tempo expostos a uma redução drástica da energia Ki.

Se o ki não flui pelos nossos nadis (as veias por onde esta energia circula), o corpo entra em falência. Aí surge a sensação de extremo cansaço, dores de cabeça, sonos não reparadores, stress, corpo trémulo, falta de memória, aceleramento do ritmo cardíaco, tristeza, ansiedade, entre outros sintomas. Como diz Francisco Varatojo, pai da Macrobiótica em Portugal, “podemos dizer que a energia Ki é como se fosse a nossa fonte de combustível básica e que o tipo de energia que recebemos e ingerimos (externa ou internamente) cria a nossa qualidade energética.”

Os alimentos e os pensamentos, que são o alimento da mente e das nossas emoções, possuem qualidades de Ki e influenciam profundamente a nossa estrutura energética. Se consumirmos por exemplo, frutas e legumes, estamos a dar ao nosso corpo alimentos “vivos”, ricos em ki, e isto permite que o circuito energético se mantenha em ação e equilíbrio. Esse equilíbrio provoca uma sensação de bem-estar e boa disposição no ser humano. Mas o contrário também acontece.

Quem nunca sentiu, o corpo extremamente exausto, olheiras e o tom de pele mais pálido, após um final de dia stressante e pesado, em que se alimentou mais à base de açúcares, ou “fast-food” e em simultâneo teve repetidos pensamentos destrutivos?

É que quando nos alimentamos com pensamentos negativos e emoções geradoras de tristeza, a nossa energia vai baixando, a nossa capacidade de agir diminui e a visão que temos das situações fica afetada. Tudo isto são sinais de uma drástica redução de energia vital no corpo. Temos de cuidar da saúde das nossas emoções, tanto como cuidamos da saúde do nosso corpo.

Nos próximos posts deixo-vos ferramentas para saberem recuperar a energia vital do vosso corpo. No que toca à alimentação, a Maria Santana Lopes, nutricionista clínica do Simply Flow, poderá dar-vos uma ideia mais profunda de como nos podemos alimentar de uma forma saudável e equilibrada.

Rute Caldeira

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