As férias estão a passar a correr e daqui a alguns dias os nossos filhos regressam à escola. É uma fase que inevitavelmente gera algum stress em nós, porque há muita coisa para tratar até tudo entrar em velocidade cruzeiro. Quando nos chega a lista do material escolar já sabemos que não é pequena.
Aqui em casa, a primeira coisa que peço ao meu filho Filipe para fazer é reunir todo o material que tem dos anos anteriores, para ver aquele que está em bom estado.
Os cadernos que têm muitas folhas limpas voltam a ser usados. Os dossiers que estão em bom estado recebem nova identificação com papel autocolante na lombada. As réguas, esquadros, transferidores e compassos são limpos e postos a uso. Os cadernos de micas são esvaziados para poderem ser utilizados de novo e as folhas compiladas numa pasta devidamente identificada e guardada. Os estojos são lavados e às vezes remendados com umas invenções minhas, e assim fazem mais um ano escolar. Os lápis de cor, as aguarelas e as colas gastam-se até ao fim.
Depois de ter a certeza que não há mais nada que possa ser reaproveitado, faço uma lista bem mais pequena e lá vamos nós às compras, aos locais onde sabemos que os preços são mais económicos.
Nos últimos anos era a Beatriz que acompanhava o irmão nessa tarefa, mas agora que já trabalha, não tem tempo para o fazer. Habituei os meus filhos, desde pequenos, a olhar para os preços de tudo. Sempre que não é obrigatória uma marca procuramos escolher as mais baratas.
Para além do material escolar, há ainda o vestuário para as atividades físicas. A regra aqui em casa é: enquanto a roupa e o calçado servir, não se compra novo. Afinal de contas é para fazer desporto. Ponto final.
Mesmo em relação ao vestuário para levar para a escola, a regra mantém-se e procuro fazer compras económicas porque o mais provável é que dali a meses já não sirva. Não vale a pena dizer que “este ano já não se usa isto ou aquilo” ou “todos os colegas têm não sei o quê”. Sou insensível a esses argumentos e não alinho em comportamentos consumistas.
Por fim, há que tratar ainda das marmitas, respetivas sacolas e mochilas. Se estiverem em boas condições e cumprirem o fim a que estão destinadas, mantêm-se.
Este ano vou comprar uma sacola nova para os almoços e os respetivos termos porque os do ano passado já não retêm o calor. A mochila da escola está óptima. Se não estivesse, o Filipe herdava a mochila que era da irmã e que tem o mesmo tamanho e padrão similar.
Há que habituar os nossos filhos a poupar, não apenas por razões económicas, mas também por respeito ao planeta, que não suporta mais os comportamentos de gente irresponsável e inconsciente.
Bom regresso às aulas!
Nota: Fotografia por Verónica Silva