Já são vários os estudos que se dedicam aos fantásticos e inquestionáveis (para quem medita é, sem dúvida, inquestionável) benefícios da meditação e à forma como também os sentimos no nosso corpo.
Meditar é uma prática que “medica” naturalmente o nosso corpo, pois através da meditação cada célula, átomo, moléculas, órgãos, nadis (veias por onde passa a energia) são ricamente preenchidos por energia vital (também conhecida por prana, chi ou ki). O que acontece é que quando aumentamos este nível de energia no corpo sentimos paz, centramento, mais alegria e entusiasmo. A prática regular é ainda uma excelente medicação eficaz para pressão arterial.
Meditar é uma prática que promove a saúde mental
A meditação é um verdadeiro antídoto para a ansiedade, pois ajuda a manter uma mente focada e menos “pensante”. É um excelente “antidepressivo” natural, calmante, regulador de humor, indutor de sono e analgésico, pois ajuda a libertar o stress e a tensão acumulada no corpo, ajuda a descomprimir a nível mental e muscular e previne o aparecimento de stress, irritabilidade, impaciência no futuro.
Todas estas sensações vão acontecendo em simultâneo de uma forma natural, mas bastante efetiva, e não há como não notar.
Mas, de que forma é tudo isto possível?
É, na verdade, muito simples. Estou sempre a dizer que o nosso corpo é a maior farmácia topo de gama que existe, pois ele produz tudo o que precisamos para termos saúde física e equilíbrio emocional (se bem que ambos estão intimamente ligados, influenciando-se mutuamente). Os neurotransmissores – que representam literalmente os mensageiros do nosso cérebro – são substâncias químicas que permitem que os neurónios comuniquem não só entre si, mas também com as células do nosso corpo, tornando-os imprescindíveis para as nossas funções vitais.
Dou destaque a alguns deles:
- Serotonina – um neurotransmissor que atua no cérebro e que ajuda a regular o humor (tornando-nos mais calmos), ajudando-nos a sentir mais alegria, entusiasmo, regula igualmente o ritmo cardíaco e temperatura corporal;
- Melatonina – conhecida como a hormona do sono. Os efeitos que tem sobre o nosso corpo servem como uma espécie de aviso para sabermos que está na hora de dormir. Controla e regulariza as funções que nos possibilitam descansar e repor as nossas energias;
- Endorfina – compreender a origem da própria palavra, já é uma ajuda para perceber os efeitos que este neurotransmissor tem no nosso corpo: endo (interno) e morfina (de analgésico). Esta substância natural, produzida pelo nosso próprio corpo, tem uma potente ação analgésica e quando produzimos esta hormona ficamos com a sensação de bem-estar e conforto. As meditações ativas, por exemplo, são uma excelente forma de obtermos endorfina, uma vez que durante e após a atividade física existe o processo de produção e libertação da hormona pela glândula hipófise.
Se a prática de meditação estimula a produção destes “mágicos” neurotransmissores que nos trazem saúde e equilíbrio ao corpo, conseguimos também com esta “atividade zen” uma visível melhoria do nosso sistema imunológico. Até porque, como passamos a ser pessoas mais felizes, naturalmente, também a saúde melhora a olhos vistos.
Benefícios mentais da meditação:
- Reduz a ansiedade;
- Promove a estabilidade emocional;
- Aumenta a criatividade;
- Ajuda na serenidade mental;
- Aumenta a concentração, a memória e o foco.
Benefícios espirituais da meditação:
- Tornamo-nos compassivos, compreensivos e amorosos;
- Desenvolvemos a clarividência, clareza e intuição;
- Expande a nossa consciência para uma visão voltada para o todo, e não só para o ego;
- Aumento da confiança, da fé e do sentimento de gratidão;
- Alcance de um estado de amor pelo meu próprio ser e por tudo o que ele representa, que se reflete posteriormente no amor que temos pelo outro, pela vida e pelo nosso planeta.