Existem cada vez mais pessoas que procuram conjugar a medicina convencional com medicinas complementares, tal como a Homeopatia. Por essa razão pedi ajuda à querida Francisca Guimarães para esclarecer algumas questões.
Na pesquisa que fiz sobre o tema, a Homeopatia surge descrita como uma abordagem única, que se baseia na estimulação da energia vital e no fortalecimento dos mecanismos naturais de autocura do organismo. A sua missão é chegar à origem de cada problemática, removendo eventuais bloqueios energéticos que estejam a influenciar o equilíbrio físico, mental e emocional. A Homeopatia encara cada indivíduo como um todo, não atuando apenas sobre os sintomas. Francisca Guimarães responde às minhas questões:
8 Perguntas e respostas sobre Homeopatia:
1- O que é a Homeopatia e como se diferencia de outras formas de medicina complementar?
A Homeopatia é uma medicina natural que atua a nível da estimulação da nossa energia vital e mecanismo de autocura. Esta estimulação é realizada através de remédios homeopáticos, que consistem em diluições de substâncias provenientes da natureza, a ponto de conseguirem ter afinidade com a frequência vibratória do nosso campo eletromagnético.
O objetivo da Homeopatia é ir à raíz dos problemas e ajudar a eliminar os bloqueios energéticos que possam estar na sua origem, restabelecendo desta forma o equilíbrio em todo o organismo e nos seus vários planos – físico, mental e emocional.
Esta medicina distingue-se de outras precisamente por atuar diretamente na energia vital e abranger o Ser como um todo e não apenas um ou outro plano. Por exemplo, um sintoma como síndrome do cólon irritável ou eczema poderão estar a refletir um bloqueio a nível do plano emocional e, caso este não seja devidamente explorado e cuidado, dificilmente a cura acontecerá.
2- Como é que a homeopatia aborda o tratamento de doenças? Tem alguma abordagem para as questões de saúde mental?
A Homeopatia tem uma visão absolutamente integrativa do Ser, não compartimentando ou ignorando a interação dos seus planos. Um determinado quadro de sintomas que se esteja a manifestar a nível do plano físico necessita de ter em consideração o que está paralelamente a ocorrer a nível do plano emocional e mental.
De acordo com os princípios da Homeopatia, que se baseia na física quântica, a doença é a manifestação de bloqueios energéticos. Isto significa que a doença começa no plano energético e só depois se manifesta no emocional, mental ou físico. Logo, é fundamental o homeopata explorar estes planos para conseguir conhecer a pessoa, assim como a sua história, a um nível mais profundo, de maneira a poder ajudá-la.
No que diz respeito à saúde mental, a abordagem da Homeopatia é a mesma, ou seja, há um bloqueio energético que se está a manifestar, neste caso, a nível da mente. Como surgiu esse bloqueio? O que o desencadeou? Quando? E de que forma se está a manifestar? Toda esta informação irá ajudar o homeopata a compreender a natureza do desequilíbrio, assim como a elaborar o melhor plano de tratamento.
3- De que forma os resultados da Homeopatia diferem dos da medicina convencional?
A medicina convencional trata sintomas, a Homeopatia trata a pessoa como um todo. O foco da Homeopatia não é a gastrite ou a asma, mas a “pessoa” em si e tudo aquilo que possa ter conduzido ao aparecimento dos sintomas que apresenta.
A Homeopatia vê a pessoa como um todo, incluindo a sua história de vida, personalidade, eventos traumáticos, medos, histórico familiar, entre outros. A medicina convencional vê um quadro de sintomas, ignorando os fatores que o podem ter originado e tratando-o, na maioria das vezes, através de protocolos médicos que menosprezam a bioindividualidade de cada pessoa.
4- Existem estudos clínicos ou evidências científicas que comprovem a eficácia da Homeopatia?
Cada vez existem mais estudos que vêm provar a ação dos remédios homeopáticos, sobretudo ensaios clínicos duplo-cego, estudos baseados no comportamento molecular da água que contém as matrizes homeopáticas e, também, estudos cujo foco é o comportamento quântico quer da doença quer dos remédios homeopáticos.
De acordo com a física quântica, a doença consiste num desequilíbrio que ocorre na energia vital que todos possuímos a um nível subatómico. Este desequilíbrio energético afeta a rotação dos eletrões em certos elementos do nosso organismo afetando o seu natural funcionamento. Logo, e de acordo com esta hipótese, a cura ou tratamento para este desequilíbrio encontra-se precisamente em estimular a energia vital através de um agente que apresente uma força eletromagnética semelhante àquele que a provocou, que é precisamente o que a Homeopatia faz.
A Homeopatia é uma medicina que atua a nível energético e que utiliza remédios isentos de princípios ativos e com substâncias altamente diluídas, contrariamente ao que acontece com os fármacos convencionais. E este é um dos principais motivos que tanta controvérsia desperta por parte da comunidade científica. Contudo, o facto é que a Homeopatia apresenta resultados absolutamente extraordinários, sendo uma das medicinas mais utilizadas em todo o mundo.
5- Como atuam os remédios homeopáticos?
Os remédios homeopáticos baseiam-se em substâncias provenientes de plantas, minerais e animais, que, por apresentarem frequências energéticas semelhantes à dos sintomas e essência que a pessoa apresenta, são capazes de estimular o mecanismo de autocura. De acordo com o “princípio dos semelhantes”, um remédio homeopático que seja capaz de desencadear sintomas de uma doença numa pessoa saudável é também capaz de neutralizar esses mesmos sintomas numa pessoa que esteja doente. Logo, torna-se essencial conseguir selecionar o remédio homeopático que mais afinidade apresenta com os sintomas apresentados.
6- Podemos consultar um homeopata em qualquer idade?
Claro que sim! A Homeopatia apresenta resultados muito positivos em bebés, inclusivamente recém-nascidos, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Devido à alta diluição dos remédios, a Homeopatia é uma forma de medicina natural não só eficaz, como altamente segura.
7- Os tratamentos são personalizados?
A Homeopatia vê cada pessoa como sendo única. Duas pessoas que apresentem sintomas semelhantes podem necessitar de remédios homeopáticos completamente distintos.
Vamos tomar como exemplo uma dor de cabeça. O local da dor de cabeça da pessoa “A” pode ser a têmpora direita, enquanto que a da pessoa “B” poderá ser no occipital. Num caso, a dor de cabeça poderá agravar com o calor e noutro com o frio. A dor de cabeça da “A” pode ter surgido após um evento traumático, enquanto que a da “B” pode aparecer apenas durante a menstruação. Logo, cada caso é único e necessita de ter sempre em conta a bioindividualidade de cada pessoa.
8- Qual é o papel do homeopata na consulta e no acompanhamento do paciente?
A principal função do homeopata é a de encontrar um remédio homeopático que vá ao encontro não só da totalidade dos sintomas que a pessoa apresenta, como também da sua essência energética. Durante este processo, nomeadamente durante a entrevista clínica, é fundamental a criação de um ambiente seguro e de “não-julgamento”, em que a pessoa sente a confiança necessária para partilhar não só tudo aquilo que a está a incomodar, como também a sua essência.
Na maioria das vezes, sobretudo em casos de patologias crónicas, as pessoas necessitam de mais do que um único tratamento homeopático, de forma a que, gradualmente e gentilmente, a energia vital e mecanismo de autocura sejam estimulados. Desta forma, poderão ser necessárias várias consultas, com espaçamento entre elas, de forma a que o tratamento homeopático decorra o mais profunda e eficazmente possível.
Nota: Fotografia por Verónica Silva