Afinal, o que influencia o tamanho da barriga das grávidas?

Carmen Ferreira // Abril 30, 2020
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Lá estamos nós, super contentes, a adorar a nossa “barriguinha”, até que chega alguém e comenta que é muito pequena ou muito grande… Toda a gente tem a sua opinião sobre a nossa barriga: “Se a barriga está descaída o bebé já deu a volta”; “Uma barriga grande é sinal que o bebé também será”; “Já não devias ter a barriga maior, nem se nota?!”; “Aí, parece que vai explodir”… E pensamos nós, grávidas: “Será que o bebé vai caber na roupa que comprei?”; “Se calhar é muito pequenino…”; “Ando a comer muitos chocolates?”; “Vou mesmo explodir antes do parto?”.

Pois, saibam que a gravidez tem diferentes formas e tamanhos, e existem múltiplas razões para que as barrigas sejam “maiores” ou “menores”. 

O que influencia o tamanho da barriga das grávidas?

1. A sua estatura

Uma mulher mais alta e com proporções maiores, terá mais espaço no abdómen para o seu bebé, dado que o útero irá crescer em várias dimensões e não só para a frente (fazendo um “barrigão”). Nas mulheres com estatura mais baixa haverá menos espaço no vosso “T1” e a barriga pode parecer maior e nota-se mais cedo.

2. Se é mãe de primeira viagem

Uma mulher cujo útero ainda não passou por uma gravidez tende a ser mais rígido, pois os seus músculos ainda não passaram por um processo de distensão uterina da gravidez. Logo, a barriga pode ser um pouco mais discreta.

3. Posição fetal

Os bebés são muito activos in-útero, mexem-se bastante e assumem posições diversas ao longo do dia e da gestação. No terceiro trimestre, em geral, os bebés mudam de posição e ficam cefálicos (de cabeça para baixo) e começam a encaixar na bacia da mãe (porém, continuam a mexer-se mesmo com menos espaço!), o que vai alterar também o formato da vossa barriga.

4. Há mais para além do bebé dentro da sua barriga

Achamos que só temos um bebé dentro da barriga… Mas não! Para além do feto, temos o líquido amniótico e a placenta (que também ocupam espaço). E não nos podemos esquecer dos nossos próprios órgãos internos!… Ou seja, é muita coisa para caber no nosso “T1”.

5. Gravidezes anteriores

Como já referi, após a gravidez os músculos abdominais e uterinos distendem. Numa segunda ou terceira gravidez o tónus muscular está com menos tensão e, assim, a barriga nota-se mais cedo e parece ser maior. É normal!

Uma mulher atlética e que treina acima da média normal, pode recuperar este tónus de forma mais rápida e por conseguinte ter barrigas de segundo filho igualmente pequenas, sendo uma excepção.

6. Quantidade de líquido amniótico

A quantidade do líquido que envolve o bebé é variável e em certos casos pode haver um aumento do volume e, por isso, a cavidade abdominal distende e a barriga fica maior. Pelas 20 semanas de gestação, a maioria do líquido amniótico é produzido também pelos líquidos que o feto produz (secreções pulmonares e urina), logo a partir daí o volume também começa a aumentar, o que torna a barriga mais visível.

7. Tamanho do feto

De facto o tamanho do feto influencia o tamanho da barriga, é quase uma proporcionalidade directa (quase!). Normalmente os bebés herdam dos pais a sua estatura (se ambos foram pequenos é provável que o bebé não seja enorme, e vice-versa), por isso perguntem aos vossos pais como vocês eram… O vosso bebé vai sair parecido com alguém.

Resumindo: Ninguém pode avaliar o tamanho do bebé nem o seu bem-estar só pelo tamanho da barriga.

À medida que a gravidez evolui o vosso corpo muda e adapta-se. Parem de comparar barrigas e criticar tamanhos meninas, cada mulher é única e cada gravidez também! A não ser que sofram de alguma patologia (diabetes ou alterações placentárias ou até mesmo hiperemese gravídica) que condiciona o tamanho do feto, o tamanho da barriga não deve ser uma preocupação (ou alvo de crítica!).

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