É preciso falar sobre Educação Sexual!

Vera Ribeiro // Setembro 13, 2018
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Sexualidade já deixou de ser tabu na nossa sociedade

Passou a ser um tema chave abordado todos os dias em diversos locais, abrangendo diferentes faixas etárias. Longe vai o tempo em que não se podia falar sobre o assunto. Hoje vivemos uma banalização da sexualidade, resumindo o conceito a relações sexuais/coito, quando a sexualidade vai muito para além do encontro de dois ou mais corpos.

Educar sobre sexualidade: sim ou não?

Sexualidade é amor… relação com o próprio, o seu corpo e sentimentos, os afetos são bem mais importantes na sexualidade do que tudo aquilo que advém de uma relação. São (só) a base de tudo e de todos! essa é a sexualidade que deve ser incutida nas escolas e nas crianças da nossa sociedade.

Educação Sexual a partir de que idade?

Há pouco tempo questionavam-me sobre a Educação Sexual a crianças a partir dos 5 anos de idade, que a sociedade ainda não estaria preparada para algo tão precoce… Errado! Pode até começar antes dessa idade e não é nenhuma aberração, mas, sim, inteligência. Não podemos continuar a ouvir a palavra “sexualidade” e fazer ligação direta para “sexo” porque uma, não é sinónimo da outra, sendo assim mais fácil de entender, que o trabalho que deve ser desenvolvido nas escolas é um trabalho educativo e preventivo, e não o de ensinar como se faz sexo ou o que isso é.

Qual é a abordagem correcta de Educação Sexual?

A abordagem correta de Educação Sexual em crianças tem como fundamento dotá-las sobre a definição de género, noção do corpo, a sua origem, os seus afetos, os afetos do outro, noção do conceito de família e higiene. Temas chave a abordar com as crianças numa perspetiva educativa de mudança da percepção sobre a sexualidade, bem como dar informação à criança sobre temas, que a nossa sociedade ainda tem receio de falar.

E, quem o deverá fazer?

A educação deve começar em casa. Os pais devem deixar de dar nomes infantis às partes do corpo dos seus filhos. Eles desenvolvem-se muito mais em saber os nomes correctos do que nomes fictícios que dali a uns tempos vão saber que estão errados. Uma coisa é a criança dar um nome por própria idealização outra coisa é infantilizarmos nomes ligados à sexualidade para “proteger” a criança. Dou o exemplo dos órgãos genitais: porquê ensinar que a vagina se chama “pipi” ou o pénis se chama “pilinha”, ao invés de os intitular pelos respectivos nomes? Não faz sentido e não é desenvolvimento.

A educação começa em casa consigo! Ao educar o seu filho de uma forma transparente sem receios estará a dar-lhe mais oportunidades de desenvolvimento e conhecimento. Não coloque os seus receios e dúvidas à frente do desenvolvimento de uma criança, liberte-se de preconceitos e clichês!

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