Por definição, uma vitamina é uma substância indispensável ao funcionamento do nosso corpo, mas que nós não conseguimos produzir. Apesar desta ser a definição global, a vitamina D é uma exceção, pois na realidade, ao contrário do que acontece com as restantes vitaminas, nós conseguimos produzi-la no nosso corpo.
O papel da exposição solar na produção de vitamina D
Esta vitamina é sintetizada a partir do colesterol, num processo que se inicia na pele. Para tal, é necessário que a pele fique exposta a radiação ultravioleta que, para a maior parte das pessoas, significa expor a pele à radiação solar. Ou seja, apesar dos raios de Sol não nos darem diretamente vitamina D, são muito importantes para a sua produção.
Contudo, é importante referir que a quantidade de vitamina D produzida depende de muitos fatores, nomeadamente a época do ano, a altura do dia, o estado do tempo, a duração da exposição solar, a coloração da pele e a utilização de protetor solar. Devido a isso, é muito difícil perceber qual é o tipo de exposição solar que cada um necessita, para garantir que produz uma determinada quantidade dessa vitamina. E nunca é demais relembrar que a exposição à radiação ultravioleta é potencialmente perigosa, pelo que este é um assunto complexo de analisar.
Apesar de conseguirmos produzir vitamina D, a baixa exposição solar a que estamos sujeitos, principalmente nos meses de outono e inverno, fazem com que seja muito importante garantir níveis adequados dessa vitamina através de fontes alimentares.
Vitamina D: Um aliado indispensável dos ossos e não só…
De uma maneira geral, a vitamina D está envolvida na manutenção de níveis adequados de cálcio no nosso organismo. Como o cálcio é um dos principais constituintes dos ossos e dentes, esta vitamina desempenha um papel muito importante na manutenção da estrutura e funcionalidade do nosso esqueleto e dentição. Mais concretamente, a vitamina D estimula um aumento da captação de cálcio no nosso corpo, pois aumenta a absorção intestinal deste mineral, e diminui a sua eliminação na urina. Consequentemente, existe mais cálcio disponível no sangue, que se vai fixar nos ossos, fortalecendo-os.
Mas a “história de vida” da vitamina D não se esgota ao nível dos ossos. Esta é claramente uma vitamina especial, pois desempenha inúmeras funções no nosso organismo, tais como crescimento e diferenciação das células, regulação do sistema imunitário, função motora, funcionamento do sistema nervoso, entre outras.
Quais as consequências de carência de vitamina D?
Uma das principais consequências de carência de vitamina D é uma menor fixação de cálcio nos ossos. Quando esta situação acontece em crianças, designa-se raquitismo, e está associada a uma diminuição da densidade mineral óssea. Como consequência, os ossos perdem rigidez, tornando-se mais “maleáveis”. Se a situação não for revertida, as pernas tendem a ficar arqueadas devido ao peso do corpo. Em adultos, esta condição chama-se osteomalácia. Sabe-se também que um défice de vitamina D potencia o aparecimento de osteoporose, principalmente se for acompanhado de carências de cálcio. Como consequência, os ossos tornam-se mais frágeis, aumentando o risco de fratura. Além disso, podem surgir dores nos ossos e nos músculos, falhas na contração muscular, fadiga, infeções recorrentes, alterações de humor, queda de cabelo e problemas na cicatrização.
Esta é uma vitamina essencial para uma vida saudável
Portanto, sendo uma vitamina tão importante, é fundamental salvaguardar que a mesma se encontra em quantidades adequadas para o nosso corpo funcionar corretamente.