A Rota das Faias – Manteigas – Parte 2

Teresa Oliveira // Janeiro 24, 2017
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Caros Caminhantes,

Na 1ª parte deste nosso artigo começámos por fazer um descritivo de todo o enquadramento e envolvente desta bonita rota, passando por uma explicação do tipo de paisagem que encontramos e terminámos na Capela de São Lourenço.

Após a visita a este espaço pleno de tradição e com grande importância histórica, seguimos por um bonito trilho onde os majestosos e seculares carvalhos que referimos na 1ª parte deste artigo, bem como os castanheiros, giestas e pinheiros são as espécies de médio e grande porte dominantes.

Quinze a vinte minutos depois da Capela de São Lourenço o trilho alarga e temos à nossa direita a Torre de vigia de São Lourenço. Para além da sua importância estratégica, esta estrutura é de uma grande beleza arquitetónica cuja simplicidade de linhas e a utilização da pedra granítica, são os seus elementos mais relevantes. À sua frente, estendem-se vistas magníficas, com vários vales glaciares de onde se destaca, pela sua imponente escala, o Vale do Zêzere ou de Manteigas, como também é conhecido e relativamente ao qual já fizemos referência na 1ª parte deste artigo.

A partir daqui começamos a descer e por baixo de nós começa uma floresta digna de um conto de fadas, a qual dá nome a esta rota. Referimo-nos às Faias. Esta floresta foi plantada pelos Serviços Florestais de Manteigas no início do séc. XX. Embora seja uma pequena floresta, o trilho em ziguezague permite que passemos mais tempo dentro desta paisagem deslumbrante. Todas as estações do ano são bonitas para aqui se vir, contudo, é no Outono que esta floresta nos premeia com um dos mais belos caleidoscópios de tonalidades douradas que já tivemos oportunidade de ver.

Após esta paisagem inacreditavelmente bela, deparamo-nos com umas poucas casas isoladas, pertencentes a pequenos agricultores. Em baixo, segue um ribeiro cujos pequenos afluentes ajudam a que esta seja uma zona bastante húmida e temos de ter algum cuidado onde pomos os pés.

Estamos perto do final e este último troço, embora não muito longo, é uma subida com alguma inclinação.

Sendo esta uma rota ainda utilizada pelos pastores locais, é muito possível que nos deparemos com alguns rebanhos de cabras ou ovelhas, sempre guardados pelos poderosos cães pastores Serras da Estrela.

Se tiverem sorte, pode ser que encontrem alguns dos mamíferos locais, tais como a raposa, a fuinha, a doninha ou o javali.

Boas caminhadas!

Teresa Oliveira

teresaoliveira@portugalwalkhike.com

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