As áreas que uso para olhar este Corpo Mental:
- – Cognição
- – Conhecimento
- – Pensamento
- – Treino
Eu chamo a esta dimensão o malabarista das habilidades humanas.
Onde é que o Yoga se liga fortemente a esta dimensão do corpo? Em quase todas as frentes, dado que para se efetuar uma construção e transformação robustas do corpo a todos os níveis (Físico, Mental, Emocional e Espiritual) será sempre necessário passar pelas diferentes fases dos processos cognitivos.
O que nos acontece a cada instante, é a absorção constante de informação dos contextos e das pessoas através dos nossos sentidos. Para esta captação de informação ser o mais próximo da realidade possível, todos os sentidos têm de estar o mais possível, otimizados e equilibrados entre si.
Essa informação sensitiva, a perceção, será transportada até ao cérebro para ser tratada e armazenada. Em colaboração com o raciocínio, memória, juízo e imagética, dá-se o pensamento, a compreensão e por fim a aprendizagem. As aprendizagens são fundamentais para a elaboração de sistemas cognitivos que nos dão soluções e que podem ser de diferentes naturezas, como por exemplo a linguagem e expressão. Este desenrolar de acontecimentos de aquisição e resposta, dão espaço e estrutura às emoções e permitem que as conexões interpessoais existam.
Se nos olharmos como um veículo, a dimensão mental, será o condutor.
Vai ser a mente que, apesar do medo, que é emocional, incita à coragem. Após avaliar o contexto e medir o risco, mas tomando-o, ela permite aprendizagem e armazenamento de memórias para atuar no futuro.
Para esta dimensão, a aquisição de skills e conhecimento, são fundamentais. No ocidente a educação centra-se em algumas áreas específicas da inteligência e no treino de competências mentais. Acho que sim, mas…Acredito ser muito redutor. Cada vez mais percebo a atuação do ser humano como uma avaliação primária de impressões iniciais de contacto, regendo a sua atuação a partir de informação incompleta, vaga e pouco precisa.
Mas não acredito que seja isso o problema! O problema pode residir na falta de aquisição de competências sensoriais e emocionais, de níveis de autoconsciência e abstração muito elevados. Não somos ensinados nem treinados nas dimensões emocionais ou espirituais. Cada vez mais “empanturramos” as crianças com inteligência de lógica matemática, quando a grande maioria dos casos desenvolve, mais tarde ou mais cedo, uma aversão visceral, que é emocional ou de parca capacidade interativa e de conexão com as pessoas que passam os ensinamentos e os desafios interpessoais (rede de suporte familiar e educadores). Limitamo-nos a ensinar frases feitas de “boa educação” e não ensinamos a ler sinais, nem como atuar perante os sinais, nem a lidar com o “eu” ou a interagir com o “outro”.
Inteligência Mental? SIM! Mas em Interação com as restantes dimensões Física, Emocional e Espiritual.
Pedro Mendes
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