Menos é mais, é um dos princípios de uma vida mais focada no que é essencial, que se pode traduzir de diversas formas:
Menos objetos nas nossas casas, mais espaço para viver.
Menos objetos nas nossas casas, mais tempo para ser.
Menos compromissos na agenda, mais tempo para o autocuidado.
Menos compromissos na agenda, mais foco para o que é efetivamente importante.
Menos complexidade nas nossas vidas, mais tempo, energia e foco para o que nos faz felizes.
Mas hoje quero partilhar contigo, como podemos aplicar este princípio também no que diz respeito aos nossos hábitos.
Começo por relembrar o que são hábitos.
Hábitos são nada mais nada menos do que os comportamentos (grandes ou pequenos) que fazem parte da nossa rotina, do nosso dia-a-dia. E é muito fácil, principalmente com a presença cada vez mais óbvia das redes sociais na nossa vida, que nos deixemos influenciar (de uma forma positiva) e queiramos implementar e/ou manter um elevado número de hábitos na nossa rotina.
E mais do que um número elevado de hábitos, é também o risco de querermos trazer para o nosso dia-a-dia, hábitos que até podem ser saudáveis, mas que efetivamente não se adaptam às nossas reais necessidades e, portanto, não nos beneficiam.
A verdade é que por mais saudável que um hábito seja, isso não significa que seja útil e beneficie todas as pessoas.
Isto porque todos nós somos diferentes o que se traduz em diferentes necessidades, diferentes estilos de vida, enquadramentos familiares, pessoais, profissionais, sociais, económicos e por aí fora. Por isso é que é tão necessário aplicar o princípio, menos é mais, também no que diz respeito aos nossos hábitos.
Então, como aplicar menos é mais nos nossos hábitos?
Comecemos pelo elemento mais importante de todos, nós mesmos! Ou seja, pelo nosso autoconhecimento. E não é mais um “cliché” ou uma expressão “da moda”. O autoconhecimento é o conhecimento que temos de nós próprios, das nossas necessidades, crenças, padrões, valores, etc.. E é algo extremamente importante, pois sem autoconhecimento, sem saber efetivamente o que queremos e precisamos, é muito difícil termos clareza no momento de escolher os nossos hábitos. Tornando-se comum escolhermos hábitos que, embora saudáveis, não se adaptam à nossa realidade e necessidades.
Também é comum querermos manter um número de hábitos tão elevado, que não é compatível com a nossa disponibilidade real, quer de tempo, quer de energia. E que ao continuar a insistir nos mesmos, sem conseguir tirar deles os reais benefícios ou conseguir “cumprir” com o planeado, é provável que passada a motivação inicial, não consigamos ter a consistência necessária para manter essa rotina, o que nos irá causar frustração, uma sensação de incapacidade e nos leva a desistir dos mesmos.
“Menos é mais, também nos hábitos” tem de ser o lema.
O mais importante não é o número de hábitos que se tem, ou se fazemos os tais hábitos que todos estão a “falar”, mas, sim, construir uma rotina inteligente que inclua os hábitos certos para nós. Ou seja, incluir aqueles hábitos que, independentemente do seu número e/ou dimensão, contribuam para o nosso 1% diário e nos permitam evoluir em cada uma das fases da nossa vida, para nos suportar numa vida com mais qualidade. Porque em última instância é a nossa Qualidade de Vida, o nosso grau de satisfação com a forma como vivemos o dia-a-dia, o que nos permite viver de forma mais serena, realizada e feliz.
Bons hábitos!