Fui cedo. Aproveitei a boleia da Fátima. Queria ir logo com ela para poder aproveitar a calma e serenidade da preparação. Normalmente os dias de lançamento de um projecto, são dias de muito stress. Mas, desta vez, estávamos todos tranquilos. A cumplicidade e a união sentia-se e estávamos todos, acima de tudo, muito divertidos.
A cobertura fotográfica do evento estava a cargo do Tiago Pinto. Mas não quis deixar de levar a minha máquina. Queria registar os momentos pelo meu ponto de vista.
Gosto muito de fotografias naturais. Por isso, decidi que não ia utilizar flash. Levei a mochila com todas as objectivas que tenho mas acabei por usar apenas uma – a minha preferida (uma 50mm com abertura máxima a 1.4). Usar apenas uma objectiva deu-me mais liberdade, mas foi um desafio. Por um lado, não tinha de andar carregada e de mudar de lente. Por outro, esta lente é a que domino menos bem. E como não tem zoom pode não ser tão versátil. Mas é a minha preferida e achei que esta era a oportunidade certa para a experimentar. Assumi o risco. Se não corresse bem, aprendia com o erro. E a verdade é que nem todas correram bem. Mas a fotografia para mim é assim. Só experimentando, falhando, aprendendo, explorando é que consigo evoluir. Sem medos. E quando tenho medo, arrisco à mesma. Afinal de contas, o que tinha eu a perder?
Deixo-vos aqui algumas das fotografias que tirei e um conselho: experimentem, arrisquem. O medo impede-nos de avançar. Sejam sempre mais fortes que ele. Ultrapassem-no. Fotografem as pessoas que vos rodeiam, os vossos sítios preferidos, os vossos animais de estimação, o que sentirem. Quanto mais forem fotografando, mais à vontade vão estando. A prática ajuda-nos a aproveitar melhor o material que temos. E ajuda-nos ainda a encontrar o nosso ponto de vista. A encontrar a nossa voz. A melhorar a nossa sensibilidade. A descobrir o que mais gostamos de fazer. E eu gosto de fotografar pessoas. Sem flash. Sem poses. Como elas são.