Dependência emocional: o amor não é assim!

Andreia Lourador // Novembro 28, 2021
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Dependência emocional
Dependência emocional

O amor existe num ato constante dar e receber. Assim é o Amor. E, por isso, amar não é depender. 

A dependência é vista como uma disfunção comportamental na qual a pessoa renuncia da sua identidade em função de agradar o outro para não o perder. O dependente acredita que não consegue existir emocionalmente sem o amor do outro. 

O que é a dependência emocional?

A dependência emocional é como um transtorno aditivo, no qual o indivíduo necessita do outro para manter seu equilíbrio emocional. Dessa forma a dependência emocional ou afetiva é considerada um vício, assim como a dependência química, mas aqui a droga pode ser qualquer pessoa que estimula e mantém o vício.

“Serei um/a dependente emocional?”

A pessoa com dependência emocional apresenta comportamentos de submissão ao outro, sinais de fissura e abstinência na ausência do objeto amado, sentimentos de insatisfação, vazio emocional, medo da solidão, baixa tolerância à frustração, desejo de autodestruição e sentimentos negativos, falta de consciência sobre seus problemas, sensação de estarem presos ao relacionamento, foco excessivo no outro e autonegligência. Se se identifica com estas características e se prioriza o outro, talvez seja dependente do outro.

Como o amor pode “viciar”?

Quando a relação vicia ou se torna patológica estamos perante a ausência de Amor. Primeiramente, do amor-próprio, e depois, do amor pelo outro. Amar é um sentimento de liberdade. O problema nunca é o amor, mas, sim, o grande medo que o dependente tem de ficar sozinho, o medo de poder ser abandonado, o receio de não ser valorizado e trocado.

A falta de liberdade que a pessoa que sofre de amor patológico impinge a si mesmo e ao parceiro é tóxica. Os estudos já comprovaram que no cérebro dessas pessoas ocorrem mudanças e comportamentos similares com as que sofrem de dependência química.

Um (Des)Amor que vicia e intoxica

Dentro de uma relação de dependência emocional, os dois são vítimas, pois o parceiro do dependente muitas vezes não se sente capaz de retribuir as necessidades de afeto exacerbadas, sente-se aprisionado, sufocado pela necessidade de exclusividade do outro. Vê, assim, a sua privacidade invadida e a sua liberdade desrespeitada e, consequentemente, o decrescimento da admiração inicial. O relacionamento torna-se um fracasso, mesmo que não exista uma separação formal. Porque um relacionamento fracassado não é sempre aquele que chega ao fim. Há casais que passam anos ou a vida toda sustentada numa relação pouco ou nada satisfatória. Permanecem juntos, numa relação destrutiva, mas dependente. 

Se se sente tão dependente a ponto de sufocar a própria individualidade, então não se ama a si. E enquanto não se souber amar a si mesmo, será incapaz de amar o outro.

Eu, Tu e Nós

A relação amorosa só é bem-sucedida se coexistirem as dimensões individuais e conjugal. Eu, Tu e Nós. Não reduza a relação amorosa a um “Nós”, porque será o princípio do fim.

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