Com a chegada da pandemia a vida de muitas famílias sofreu uma verdadeira reviravolta. Às vezes boa, outras nem tanto.
A importância de nos voltarmos para o Portugal interior, para a ruralidade.
Algumas famílias optaram por se mudar para o interior do país ou para outras zonas rurais, arriscando começar uma vida nova sem quaisquer referências ou ajudas. Outras escolheram viver nas terras dos pais aproveitando as relações familiares já existentes.
Onde existe vontade de ajudar e uma capacidade de acolher incrível.
O certo é que são muitas destas pessoas que nos mostram a importância de nos voltarmos para o Portugal interior, para a ruralidade, onde existem muitos desafios e frequentemente faltam respostas em áreas básicas, mas ao mesmo tempo existe gente com vontade de ajudar e capacidade de acolher. Isso também tem valor. Aliás, isso tem muito valor.
Ajudar e acrescentar riqueza aos meios mais pequenos e isolados.
Aqueles que arriscam mudar para as zonas rurais, podem ser a ajuda que muitos que lá vivem precisam, a vários níveis. O nível de escolaridade, a vida vivida de forma mais dinâmica, a experiência de viajar e experienciar muitas coisas diferentes, pode acrescentar uma riqueza imensa àqueles que vivem em meios pequenos e às vezes isolados.
Aprendendo com quem ama a natureza, a terra, as suas raízes.
Os que vivem nesses meios mais isolados, têm a escola da vida, o conhecimento da natureza, o amor à terra, às raízes, a noção do poder da partilha e da solidariedade e a tranquilidade de saber que com pouco também se pode viver feliz. Tudo o que o encontro entre estas pessoas produz, pode ser mágico. Pode resgatar um ser humano e ajudá-lo a encontrar um novo sentido para a vida. E quem viaja por este país fora, como eu faço, encontra a cada passo um Portugal a renascer. Aquele que nos faz acreditar e ter uma esperança infinita.
Nota: Fotografia por Verónica Silva
