Terminou na passada segunda-feira a 3.ª edição do evento “Viagem pelo Clima”, organizado pela empresa Get2C. Vários jovens foram selecionados para participar nesta iniciativa e agrupados em três equipas: a equipa Ar, a equipa Terra e a equipa Água. O desafio consistia em percorrer, da forma mais sustentável possível, os municípios que tinham aderido ao projeto.
Este ano, contámos com os municípios de Cascais, Braga, Setúbal, Figueira da Foz, Vila Franca de Xira e Lagos.
Sustentabilidade em ação
Todos os dias, as equipas colocavam na plataforma do evento os seus consumos de água, os alimentos que ingeriam, os transportes escolhidos para se deslocarem, o dinheiro gasto e o tempo investido em cada deslocação. O dinheiro inventado para esta iniciativa foi baptizado de “climas”, e o objetivo era gastar o mínimo possível e da forma mais sustentável.
Em cada cidade por onde passavam, havia tarefas e desafios a cumprir, pelos quais eram avaliados e que tinham de ser devidamente comunicados nas redes sociais.
Conhecer, aprender, fazer
Nalgumas cidades, entrevistaram pessoas cujos valores e ações ajudam a proteger o ambiente. Noutras, foram conhecer negócios sustentáveis e diferenciadores que provam que a rentabilidade pode andar de mãos dadas com a sustentabilidade. Noutras ainda, meteram mãos à obra para realizar tarefas que ajudassem a proteger ou recuperar o ambiente.
Como embaixadora da “Viagem pelo Clima”, juntamente com outros 13 embaixadores, foi muito bom ver o entusiasmo destes jovens, que até aqui não se conheciam e que vinham de áreas profissionais completamente distintas, a batalharem com entusiasmo pela casa da humanidade, que é de todos nós: o nosso planeta.

Experiências no terreno
Tal como nos anos anteriores, acompanhei cada uma das equipas a uma das localidades:
- Com a equipa Terra, estive na Figueira da Foz, onde entrevistámos pessoas extraordinárias como o Eurico, que dirige uma escola de surf, e a Tânia Múxima, uma mulher viajante pelo mundo;
- Depois, segui para Setúbal com a equipa Água, onde conhecemos vários negócios locais com preocupações sustentáveis e que conseguiram implantar-se com sucesso;
- Por fim, estive com a equipa Ar em Braga, onde procedemos à limpeza de uma parte do rio Este.



Um futuro com esperança
Em todas estas experiências, aprendi muito. Acima de tudo, convivi com o entusiasmo e a alegria destes jovens, que procuravam tocar as pessoas com quem se cruzavam. O investimento que faziam para contagiar as populações com as suas preocupações ambientais foi altamente inspirador.
Com eles, senti que vale a pena ter esperança. Com eles, tive a certeza de que o pouco que fazemos pode representar muito. Com eles, confirmei que uma das coisas mais perigosas é a indiferença. E com eles, aprendi a aceitar que nem todos têm ainda a mesma consciência sobre as questões ambientais — razão pela qual temos mesmo de desenvolver paciência e flexibilidade para os ajudar a chegar ao sítio onde também poderão colaborar de forma positiva.
Obrigada a todos pelo muito que me ensinaram.


