Vamos falar de Autismo

Berta Pinto Ferreira // Abril 2, 2021
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Autismo
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O Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, ou Dia Mundial do Autismo, assinala-se a 02 de Abril. Esta é uma data cujo objetivo é ajudar a consciencializar sobre  esta Perturbação do Espectro do Autismo.  Vamos, então, falar sobre o Autismo. 

Estima-se que o Autismo afete 50 mil portugueses, cerca de 1 em cada 1000 crianças em idade escolar, com predomínio no sexo masculino. Mas, comecemos pelo início: afinal, o que é o Autismo? 

O que é o Autismo?

O Autismo, ou Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), é uma Perturbação do Neurodesenvolvimento que se caracteriza por:

  • Dificuldades na comunicação verbal e não-verbal,
  • Dificuldades na interacção social,
  • Comportamentos repetitivos e/ou 
  • Interesses marcados e restritos por objectos ou temas específicos.

A designação de Espectro foi atribuída pela variabilidade dos sintomas, desde as formas mais leves (sintomas residuais e vida autónoma) até às formas mais graves (necessidade constante de supervisão por terceiros).

Quais são os sinais de alarme?

Os sinais geralmente aparecem durante a primeira infância, e em algumas crianças mesmo antes de 1 ano, e afetam a capacidade de comunicar e interagir com outras pessoas. 

Os sinais de alarme incluem:

  • Evitamento do olhar;
  • Atraso da linguagem ou regressão das palavras já faladas;
  • Não usar frases de duas palavras aos 2 anos;
  • Ausência de imitação;
  • Não responder ao nome;
  • Não apontar com o dedo;
  • Não procurar a atenção dos pais;
  • Não revelar intenção de comunicar;
  • Não fazerem gracinhas ou brincadeiras de imitação (como por exemplo: bater palminhas);
  • Comportamentos repetitivos como rodar objectos ou alinhar formas e cores;
  • Movimentos corporais anormais e posturas pouco comuns.

A maioria das crianças com Autismo assemelha-se fisicamente às outras, mas exibe um comportamento diferente. É necessária uma avaliação e observação médica detalhada e integrada para confirmar o significado destes sintomas, já que algumas crianças têm sintomas isolados que não correspondem necessariamente ao diagnóstico de PEA.

Quais são os principais tratamentos para o Autismo?

Esta é uma Perturbação que não tem cura. No entanto, e com o objectivo de alterar os comportamentos mal-adaptativos e melhorar as competências sociais, existem diversos modelos de intervenção. Deve existir uma combinação de intervenções parentais e escolares estruturadas e adaptadas, complementadas com técnicas comportamentais.

Não existem medicamentos específicos, mas a utilização de medicação tem efeito benéfico nos sintomas secundários que podem acompanhar esta doença, nomeadamente nos problemas de comportamento, de humor e de sono. 

A importância de um diagnóstico precoce 

Apesar de nem todas as crianças com esta sintomatologia desenvolverem Autismo, a deteção precoce destes sinais é essencial para um rápido diagnóstico, intervenção e prognóstico. O mais importante é reconhecer que existem sinais de alarme e intervir de forma apropriada.

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