Transforma os teus hábitos

Paulo Cordeiro // Janeiro 5, 2023
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Os momentos difíceis pelos quais passamos, fazem-nos querer mudar e repensar certos hábitos e comportamentos. Acontece que, muitos de nós, começam com vontade de fazer algum tipo de mudança e passado pouco tempo, os velhos hábitos começam a falar mais alto e, sem darmos por isso, estamos novamente a fazer o que sempre fizemos. Isto acontece porque, somos muito atraídos para aquilo que nos é familiar. De alguma forma nos dá uma sensação de conforto permanecer naquilo que já é habitual. E talvez assim seja com todos nós, até nos começarmos a aperceber que existe muito mais além daquilo a que estamos habituados.

Existem duas formas de viver a vida: ou deixamos que os velhos hábitos nos definam, ou podemos começar a definir a vida que queremos. 

Para isso, é necessário ganharmos clareza sobre aquilo que queremos, sobre os nossos sonhos e desejos. Necessitamos de começar pelo fim. A falta de clareza faz-nos começar com muita vontade, mas rapidamente desistir. A falta de clareza faz-nos voltar constantemente aos velhos e conhecidos hábitos.

Costumo dizer que uma das perguntas mais simples e mais difíceis de responder é: “O que realmente quero?”.

Quando nos desafiamos a responder a esta questão, os pensamentos e sentimentos habituais começam a sabotar a nossa clareza. Gosto de chamar a esses pensamentos familiares, as “desculpas da mente”. São todos aqueles pensamentos que nos fazem ficar demasiado tempo com o pé no travão. Aqueles pensamentos que nos paralisam, que nos causam ansiedade ou indecisão.

Somos o nosso maior obstáculo ou, dito por outras palavras, a importância que damos a estes pensamentos é o maior obstáculo. Estamos tão habituados a “eles” que já fazem parte da casa e já os encaramos como normais. De uma forma secreta, até os reforçamos e os defendemos. Pensamentos como “Não sou capaz”; “Não tenho tempo”; “Isso é demais para mim”; “Um dia faço” são algumas das ideias que habitam na nossa consciência. Então, para mudarmos de hábitos, necessitamos de saber o que queremos e desejamos, ao mesmo tempo que, vamos tomando consciência destes sabotadores internos de forma a começarmos a deixar de alimentá-los.

Quanto mais clareza tivermos em relação aquilo que mais desejamos, mais motivação vamos sentir para continuar. E mesmo nos dias mais difíceis, a imagem daquilo que queremos vai-nos ajudar a continuar e a não desistir.

A partir do momento que já existe algo tipo de vislumbre sobre os nossos desejos maiores (aqueles que são importantes para nós) é altura de dar os primeiros passos, criando ações que estejam alinhadas com o nosso desejo. Tomar decisões torna-se muito mais fácil, pois podemos perguntarmo-nos: “Esta decisão vai ajudar-me a aproximar mais do meu desejo?”.

Quando dizemos que não a algo, estamos a dizer que sim a outro algo. E tanta dificuldade que muitos de nós têm em dizer que não (eu já tive muita dificuldade). A culpa surge, e de tão habituados que estamos a tentar evitá-la, tomamos decisões nesse sentido. Mas, quando existe clareza no nosso caminho, a culpa já não tem o mesmo poder. Sim, vai surgir certamente e quando assim for, vamos lembrar-nos porque estamos a tomar determinada decisão. Ao praticarmos com consistência dizermos que sim aos nossos sonhos, a culpa, o medo ou a vergonha vão controlando cada vez menos a nossa vida.

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Transformar os nossos hábitos não é um caminho plano. Mas à medida que vamos diariamente fazendo coisas que estão em sintonia com aquilo que mais desejamos, os velhos hábitos começam a cair e novos hábitos nascem. 

Com isso, sem nos apercebermos, certas pessoas, coisas ou comportamentos habituais que faziam parte do nosso dia a dia, começam a deixar de fazer sentido. Gradualmente, tudo aquilo que não esteja alinhado com a nossa visão, vai sair da nossa vida, de forma que exista mais espaço para aquilo que mais importa: um novo relacionamento, um trabalho mais bem remunerado ou uma nova oportunidade. É o alinhamento com os nossos desejos que nos faz sentir felicidade e bem-estar.

Tudo é mesmo possível. 

São apenas os pensamentos e sentimentos habituais que nos dizem o contrário. Podemos continuar a alimentá-los, ou a deixá-los ir. Mas, se queremos mesmo mudar de hábitos é necessário estarmos dispostos a não mais alimentá-los e tomar a decisão consciente de que queremos mesmo mudar a nossa vida

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