Dia Mundial da Luta Contra o Cancro

Ana João Pissarra // Fevereiro 4, 2025
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cancro
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A 4 de fevereiro assinala-se o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro. Esta data foi criada em 2020 pela União Internacional de Controlo do Cancro, com o objetivo de consciencializar e melhorar a literacia na luta contra esta doença.

A doença oncológica é um dos maiores desafios de saúde pública nos nossos dias. O número de casos tem vindo a aumentar a nível mundial, com cerca de 22 milhões de novos diagnósticos e 9,7 milhões de mortes por cancro em 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Portugal, no mesmo ano, ocorreram cerca de 66 mil novos casos, resultando em mais de 33 mil mortes, com um em cada quatro portugueses (28,6%) em risco de desenvolver cancro antes dos 75 anos.

Os tipos de cancro mais comuns

Os cancros da mama, próstata, pulmão e colorretal estão entre os mais frequentes no nosso país. O cancro da mama é o mais frequente no sexo feminino, sendo anualmente diagnosticados em Portugal cerca de 9.000 novos casos e mais de 2.000 mortes por esta doença. A mortalidade é liderada pelo cancro do pulmão e cancro colorretal.

O consumo de álcool, ligeiramente superior à média da União Europeia, o tabagismo e a obesidade estão entre os principais fatores de risco.

Sinais de alerta 

Os sintomas e sinais de alerta dependem do tipo de cancro. No entanto, qualquer sintoma novo e de agravamento progressivo deve ser avaliado pelo médico assistente, como, por exemplo: perda de peso progressiva e inexplicável; cansaço extremo; náuseas e vómitos frequentes; alterações nos hábitos intestinais; aparecimento de nódulos ou sinais suspeitos, entre outros.

Vários estudos indicam que cerca de 1/3 dos casos de cancro sejam evitáveis, pelo que é importante apostar na prevenção. 

A adoção de comportamentos promotores da saúde é fundamental, evitando fatores de risco, como o consumo de tabaco, de álcool, de comidas processadas e carnes vermelhas em excesso, o sedentarismo, a exposição inadequada à luz solar, o contacto com determinados químicos e prevenir infeção por certos vírus são alguns exemplos. 

Além da prevenção, o diagnóstico precoce é uma das principais estratégias para reduzir a mortalidade. 

Em Portugal estão implementados rastreios oncológicos para o cancro da mama, colo do útero e colorretal cujo objetivo é o diagnóstico precoce em pessoas que não apresentam sintomas. Estes rastreios têm demonstrado uma redução da mortalidade de aproximadamente 30% no cancro da mama, 20% no cancro colorretal e 80% no colo do útero.

O rastreio do cancro da mama inclui a realização de uma mamografia a cada dois anos para mulheres entre os 50 e 69 anos. O rastreio do cancro do colo do útero compreende o teste de citologia cervical (Papanicolau) para mulheres entre os 20 e os 60 anos, identificando a presença do vírus do papiloma humano (HPV). O rastreio do cancro colorretal é dedicado à população adulta entre os 50 e os 74 anos e inclui a pesquisa de sangue oculto nas fezes.

Perspectivas futuras

De acordo com as projeções do Globocan 2022 para Portugal, em 2050, o número de novos casos de cancro poderá ascender aos 81.470, um acréscimo de 17% e a mortalidade aos 45.200 óbitos, uma subida de 33,9%.

Uma luta de todos

Se, por um lado, assistimos a um aumento da incidência da doença oncológica, por outro, testemunhamos avanços extraordinários no conhecimento científico, no que respeita ao diagnóstico e tratamento.

É importante intervirmos na redução dos fatores de risco, aumentando a prevenção e melhorando o diagnóstico precoce. Cabe a cada um de nós ter uma rotina com hábitos saudáveis, estar atento e consultar o médico se notar alterações no seu estado de saúde e se for contactado para integrar os rastreios oncológicos em curso, participe!

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