Sabia que as perguntas têm o poder de influenciar a qualidade da sua vida? Mesmo sem nos apercebermos, passamos o tempo todo a fazer questões a nós mesmos. Contudo, a forma como nos questionamos limita e condiciona a mente.
Hoje vivemos uma vida de corre, corre, e nem nos apercebemos que já passou mais uma semana, mais um mês. O tempo passa tão depressa… São tantas as distrações e solicitações que vivemos em piloto automático.
Onde anda o nosso foco? Até onde viaja a nossa mente?
Por exemplo, para quem conduz um dos sinais que mostra como isto acontece é quando damos várias voltas numa rotunda e não sabemos para onde vamos. Ficamos assustados por momentos. Afinal, onde anda o nosso foco nessas situações? Até onde viaja a nossa mente?… Lá acabamos por nos lembrar para onde vamos e seguimos caminho.
E é assim que vamos vivendo, mesmo que em dor ou sofrimento, muitas vezes, sem termos um rumo, sem vermos uma saída ou como se não sentíssemos nada. Apenas deixamos que o tempo passe. E, mesmo assim, não equacionamos a nossa vida. Empurramos para a frente, adiamos decisões.
De que forma comunicamos connosco, com o nosso eu?
O significado que damos aos momentos, às diversas situações do dia-a-dia e às emoções que nos permitimos sentir é responsabilidade nossa e está só na nossa mente.
O que vivemos e como vivemos é consequência das emoções que sentimos. E essas emoções são o resultado da nossa linguagem interna, do vocabulário que usamos e, acima de tudo, mais importante ainda, da qualidade das perguntas que fazemos internamente.
Como tornar-se numa pessoa mais positiva, grata e feliz?
Para nos tornarmos pessoas mais positivas, mais gratas e mais felizes devemos instituir uma prática diária: fazermos as perguntas poderosas da manhã. Este exercício leva a nossa mente a focar-se nas coisas boas, em momentos agradáveis, em sucessos, em boas emoções e sentimentos bons e assim iniciamos os nossos dias imbuídos de amor, com outra energia, com outro dinamismo e com mais força.
Perguntas poderosas das manhãs:
- Com o que estou feliz na minha vida agora? O que me deixa feliz? Como isto me faz sentir?
- Com o que estou entusiasmado na minha vida agora? O que me deixa animado? Como isto me faz sentir?
- De que estou orgulhoso na minha vida agora? O que me deixa orgulhoso? Como isso me faz sentir?
- Pelo que sou grato na minha vida agora? O que me deixa grato? Como isso me faz sentir?
- O que eu aprecio mais na minha vida agora? Como isso me faz sentir bem?
- Com o que estou comprometido na minha vida agora? O que me faz ficar comprometido? Como isso me faz sentir?
- Quem eu amo? Quem me ama? O que me faz amar? Como isso me faz sentir?
Se repetirmos esta prática muitos dias do nosso mês, do nosso ano, a nossa vida muda, porque nós mudamos.
Reformule as perguntas do seu dia-a-dia
Se eu me perguntar constantemente “Porque é que isto me aconteceu?”, “Porque é que isto só me acontece a mim?”, “Como vou ganhar dinheiro?” ou “Como vou pagar as minhas contas?”, vou ficar retida no problema. O “como” e o “porquê” leva-nos ao problema, a focarmo-nos sempre no mesmo e em toda a linguagem negativa à volta do problema. Logo, vamos sentir emoções negativas e comportamentos alinhados com o significado que estamos a atribuir e ficamos limitados e bloqueamos.
Mas, se reformularmos as perguntas e passarmos a dizer a nós mesmos “Para que é que isto me aconteceu?” ou “O que posso fazer com o que me aconteceu?”, certamente vamos ficar focados em soluções. Deixo alguns exemplos positivos para fazermos perguntas que alarguem o leque de oportunidades e nos façam focar em soluções: “O que eu vou fazer (posso fazer) para ganhar mais dinheiro?”, “O que eu preciso fazer para pagar as minhas despesas?”.
A maneira mais rápida de mudar o foco é fazer melhores perguntas.
Podemos não nos aperceber, mas passamos o tempo todo a fazer questões a nós mesmos. A maioria das pessoas não está consciente sobre as perguntas que faz a elas mesmas. Contudo, a forma como nos questionamos limita e condiciona a mente, que por sua vez condiciona também o nosso comportamento e as nossas decisões. Ou, por outro lado, abre um leque de soluções, desperta a nossa criatividade, a nossa imaginação ou a procura de outro tipo de estratégias para atingirmos o resultado que queremos.
Se fizermos uma pergunta melhor, vamos ter uma resposta melhor e, portanto, um resultado melhor.
Vejamos um exemplo clássico: “Porque é que nunca consigo perder peso?”. O foco está no problema, logo não vai sair deste estado. Experimente antes a seguinte pergunta: “O que posso fazer para perder peso e apreciar o processo?”. Vai levá-la/o a encontrar uma solução e a comprometer-se com o processo de perder peso focado nos ganhos. Vai analisar verdadeiramente o que faz e que comportamentos tem tido. Depois vai conseguir chegar a uma conclusão sobre quais desses comportamentos vai querer anular e que outros comportamentos novos vai querer instituir.
Se quer administrar melhor a sua vida, só precisa de uma pergunta melhor e com maior qualidade.
Pode comprar um diário, uma agenda, um plano incrível, que nada vai mudar a sua vida. O que de facto mudará a sua vida é uma nova forma de pensar e que pode começar já hoje a fazer a si mesmo: perguntas novas e mais fortalecedoras.
Então o desafio é parar o que está a fazer agora e responder às perguntas:
- De que forma, positiva ou negativa, é que as minhas perguntas atuais estão a influenciar a minha vida?;
- Qual é o impacto que as minhas perguntas atuais está a causar nos meus resultados?;
- Que outro tipo de perguntas posso utilizar e o que vou ganhar na minha vida? Que resultados vou obter com esta mudança?
Boas reflexões e melhores resultados.