A importância da Medicina Geral e Familiar

António Balsa // Abril 7, 2022
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Medicina Geral e Familiar
Medicina Geral e Familiar

Sr. Doutor, venho cá porque acho que devo fazer uns exames, para ver se está tudo bem com a minha saúde.”

Esta frase, que atualmente se ouve todos os dias em consultas de Medicina Geral e Familiar, não era vulgar há algumas décadas atrás. Na realidade, só nas últimas décadas do século XX, se começou a dar verdadeiro valor, na “Promoção da Saúde”, àquela tão conhecida frase popular: “Mais vale prevenir do que remediar”.

Lembremo-nos que não há muito tempo, pouca, ou nenhuma, importância se dava ao consumo do sal e do açúcar (e dos alimentos com estes compostos), da quantidade de álcool, dos alimentos “processados” e, até não há muitas décadas atrás, não era valorizado o perigo do tabaco, e da Tensão Arterial elevada (valores de 145/100 mmHg poderiam ser considerados “normais”?).

Mesmo na organização dos serviços médicos, pode dizer-se que é relativamente recente, a divulgação e sistematização dos vários processos conducentes à “Prevenção da Doença / Promoção da Saúde” (uma das importantes exceções é o PNV – Programa Nacional de Vacinação, que começou em 1965).

O que é a Medicina Geral e Familiar?

Há cerca de 40 anos foi formalizada, em Portugal, a “Especialidade de Medicina Geral e Familiar”, onde os médicos são capacitados para fazer o acompanhamento da pessoa nas várias fases da sua vida, incluindo a abordagem nas áreas de “Planeamento Familiar”, “Saúde Materna” e “Saúde Infantil”.

O que se pode esperar numa consulta de Medicina Geral e Familiar?

Não deixando de dar resposta às chamadas de “Situações de Doença Aguda”, esta Especialidade tem a sua primordial importância nos seguintes aspetos:

  • Fazer a “Vigilância Periódica”, apropriada à idade e situação clínica, e aconselhando as melhores atitudes e “exames” adequados nas várias fases da vida;
  • Avaliação da importância da saúde de cada pessoa, na sua interrelação com os restantes elementos do agregado familiar;
  • Fazer a vigilância das doenças crónicas de cada elemento do agregado familiar (p. ex. Hipertensão Arterial, Diabetes, DPOC) e, se fôr caso disso, dar o melhor encaminhamento para colegas de outras Especialidades;
  • Aconselhar os “exames” indicados para o eventual “despiste precoce” de certas doenças, potencialmente graves (como p. ex. tumores da mama, útero, cólon e próstata, e as doenças cardio/cérebro vasculares);
  • “Educação para a Saúde”, isto é, para cada fase da vida, aconselhar atitudes indicadas para a “Promoção da Saúde”;
  • Nalgumas “Situações de Doença Aguda”, em caso de necessidade, dar o encaminhamento mais adequado para consultas de outras Especialidades (p. ex. num “determinado problema osteoarticular”, será mais indicado ir ao Ortopedista, ao Fisiatra, ou ao Reumatologista?).

Daí, a especialidade de “Medicina Geral e Familiar” se ter tornado o “Pilar Central” na ajuda à decisão de cada pessoa / família, na tomada de decisões relativamente à “Promoção da Saúde e Prevenção da Doença”.

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