Vivemos num ritmo acelerado. Felizmente, muitos de nós já começamos a tomar consciência de que o ritmo deve abrandar… A vida não tem que ser dançada apenas a ritmo de “quickstep” quando a sociedade assim o exige. Podemos muito bem introduzir uma balada e bem devagarinho sentir o flow e deixarmo-nos ir… O ideal era mesmo haver um equilíbrio entre o ser e o estar e que a memória perdida de um trajeto casa-trabalho-trabalho-casa fosse encarada como um click para mudar a música e não como um normal acontecimento consequente de imensas tarefas que nos invadem o pensamento. Mais do que as palavras, são os exemplos que fazem as diferenças nas crianças desta sociedade corrida. Que dizem, ou pensam os nossos filhos, netos, sobrinhos ou alunos, quando nos veem constantemente neste ritmo acelerado?
– “A minha mãe é uma heroína, pois consegue fazer imensas tarefas ao mesmo tempo…!”
– “O meu pai consegue ir levar-nos à escola e resolver assuntos do trabalho enquanto conduz…”
Somos realmente uma sociedade multitasking que incrivelmente desenvolveu a sua capacidade de multiplicar-se e criar mesmo em situações arrevesadas. Mas, não haverá consequências desta aceleração constante? Do não abrandar? De podermos parar simplesmente para sentir o cheiro das flores?
Esta consciência já se começa a notar, felizmente. Mas, que tal mostrarmos às nossas crianças, espetadoras desta corrida em passo acelerado, que podemos dançar a nossa balada com o som de fundo em modo “slow”? Plantemos, então, pequenas sementes no futuro da nossa humanidade …
O livro “A brincadeira é aqui e agora!” fala de Mateus, mas facilmente poderia falar de mim ou de ti.
Mateus gosta de brincar com tudo e com todos. Com tanta informação que lhe vai nos pensamentos, acaba por se esquecer de momentos importantes que vive nas suas aventuras. Sara, conhece um truque que o vai ajudar. Será que Mateus vai conseguir aprender a contornar os desafios da sua mente?
Trata-se de um livro leve, de escrita informal que traz a mensagem certa para os dias de hoje “A brincadeira é aqui e agora!”.
