Uma das grandes dificuldades do ritmo de vida frenética que vivemos é conseguir encontrar inspiração para viver um estilo de vida saudável – especialmente no que toca à alimentação. A falta de tempo, o stress emocional, a quantidade de opções fáceis, abundantes e baratas à nossa volta… Tudo contribui para nos afastar daquilo que consideramos saudáveis. Então, por onde começar?
Aqui ficam três dicas essenciais para se começar a ter uma alimentação saudável sem restrições ou culpa.
3 dicas para conseguir ter inspiração para uma alimentação saudável:
1. Redefinir o nosso conceito de «saudável» (através da cura da relação com a comida)
Infelizmente, hoje em dia há uma tendência para limitarmos a saúde à comida e ao exercício físico. Embora estas sejam peças importantes do puzzle, é preciso não nos esquecermos de todas as outras (como, por exemplo, a saúde emocional). Se temos a ideia que temos de comer de determinada maneira para sermos saudáveis, essa rigidez pode levar a stress, ansiedade ou culpa, e nenhum destes três tem lugar na saúde. Ao contrário do que se pensa, não há alimento algum que crie ou destrua a saúde. Isto quer dizer que, no fundo, não há comida «saudável» ou «não saudável», há, sim, uma relação saudável ou não saudável com a comida, que se traduz em pensamentos, emoções e comportamentos saudáveis perante a comida. É possível comer sem culpa, sem ansiedade, sem exageros, sem compensações, restrições ou dietas. O primeiro passo é melhorar a relação com a comida.
2. Ter noção da realidade atual
É sempre importante termos noção do estilo de vida que levamos no momento, de forma a podermos adaptar a nossa alimentação à nossa realidade. Se não tenho tempo para um lanche a meio da manhã, talvez faça sentido tomar um pequeno-almoço maior do que o normal, de forma a garantir que não fique com demasiada fome no almoço, o que possivelmente vai levar a uma refeição exageradamente grande. Uma alimentação saudável vai bem mais além do que comemos. Compreender os nossos níveis de fome e de saciedade, assim como compreender a nossa satisfação, são essenciais para naturalmente termos uma alimentação variada e equilibrada. Por isso, antes de pedir sugestões de pequenos-almoços ou mesmo receitas, tente fazer uma análise rápida do seu dia e compreender como a sua fome se comporta. Atenção que os dias não são todos iguais e que, quanto mais tempo se vive em dietas, restrições, ou com preocupações alimentares, mais difícil pode ser compreender e honrar a fome. Este é, sem dúvida, um passo muito importante: ter noção da sua realidade atual e honrar a sua fome biológica.
3. Usar a nutrição gentil
A «nutrição gentil» é uma abordagem à nutrição usada na Alimentação Intuitiva (método que cura a relação com a comida). Esta abordagem faz com que nas nossas escolhas não levemos em consideração apenas calorias ou o que chamamos de «saudável» ou «não saudável». O prazer que temos em comer, a situação em que nos inserimos… Tudo isto vai ter peso na altura de escolher o que comer. Se temos 15 minutos para almoçar, talvez pedir uma pizza não faz muito sentido. Mais vale pedir algo prático e mais nutritivo, e deixar a pizza para uma ocasião em que realmente temos tempo para desfrutar do sabor que uma pizza tem. Por outro lado, se, por exemplo no Natal, estamos a pensar nas calorias do bacalhau, vamos estar a retirar a experiência que o Natal realmente é. Há momentos para tudo e eles naturalmente se equilibram quando temos a nossa relação com a comida resolvida. Nutrição Gentil é fulcral para se ter uma alimentação saudável. Se pesquisar mais sobre Alimentação Intuitiva vai compreender melhor como aplicar nutrição gentil e como olhar para a comida de forma a que não cause culpa nem leve a exageros.
Como pode ver, a alimentação saudável tem muito (mas mesmo muito) mais «do que se lhe diga» do que apenas aquilo que comemos. A inspiração máxima deve ser sempre centrada no nosso bem-estar físico e emocional.