Partilhar soluções, viver melhor

Fátima Lopes // Abril 3, 2017
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PATIENT INNOVATION

“Ligar doentes, cuidadores e colaboradores de todo o mundo, permitindo a partilha de soluções, tratamentos, dispositivos, estratégias e todo o tipo de conhecimento.”

No dia-a-dia da vivência de uma doença, sobretudo as mais complicadas, há soluções que só quem lida com os problemas, como é o caso dos pacientes e cuidadores, se lembrariam. Muitas vezes pequenas coisas, simples, mas que fazem uma enorme diferença para ultrapassar uma situação ou uma limitação; outras vezes são estratégias ou soluções mais elaboradas ou tecnológicas. Na realidade, não há ninguém mais motivado que os próprios pacientes ou cuidadores, para resolver as dificuldades que vivem.

Mas essas pequenas grandes vitórias sobre a limitação, que certamente sempre existiram ao longo do tempo, ficavam normalmente circunscritas ao aglomerado familiar, ou a um pequeno núcleo, sem que fosse possível estender o seu impacto positivo a todos quantos sofrem do mesmo problema ou limitação. E hoje, na era da tecnologia e da comunicação, não há razão para que soluções que fazem verdadeiramente a diferença, não possam ser partilhadas por todos os que, aqui ou do outro lado do mundo, delas necessitem.

Há pouco mais de 3 anos, nascia, pela mão da Católica Lisbon School of Business and Economics, em colaboração com investigadores da Faculdade de Ciências Médicas da UNL e do MIT, a Patient Innovation, uma plataforma digital onde doentes e cuidadores podem partilhar as suas inovações, que passam, muitas vezes, ao lado da medicina.

Hoje, são já 650 as inovações aprovadas na Plataforma, desde as coisas mais simples às mais complexas, como por exemplo uma peça de suporte à aorta desenvolvida por um engenheiro inglês para resolver a sua doença.

As inovações presentes na Patient Innovation – onde todos podem partilhar ideias, procurar soluções por doença ou por sintomas e conversar em fóruns – passam sempre por um crivo de avaliação médica – não através de testes clínicos, mas com a exclusão de tudo quanto possa ser considerado perigoso.

Inicialmente com alguma resistência por parte da comunidade médica, esta espécie de rede social, depressa demonstrou o seu valor e hoje há muitos médicos a falarem desta plataforma aos seus pacientes.

Este é um potencial fator de mudança no setor da saúde, do qual não poderia deixar de falar aqui. Porque na realidade o impacto pode ser enorme. Uma solução, criada entre quatro paredes por uma família em Lisboa, pode salvar a vida ou melhorar exponencialmente a sua qualidade, de outras pessoas, do outro lado da rua ou do outro lado do mundo.

É extraordinário perceber que cada doente ou cuidador, é um potencial inovador que pode contribuir, através de uma plataforma sem fins lucrativos, para a melhoria de vida de milhares de pessoas por todo o mundo – ou apenas mais uma. Já terá feito a diferença.

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