Vitamina D: uma aliada para a nossa saúde

Alexandra Bento // Junho 19, 2018
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O que é a vitamina D?

A vitamina D, descoberta em 1920, foi classificada inicialmente como sendo uma vitamina essencial para o desenvolvimento do esqueleto. Mais tarde veio a descobrir-se que não se tratava exclusivamente de uma vitamina, uma vez que podia ser sintetizada pelo organismo como resultado da exposição à luz solar, e, sim, de uma hormona lipossolúvel.

Qual a importância e as funções da vitamina D?

Esta vitamina desempenha um papel essencial na saúde óssea: estimula a absorção de cálcio, é fundamental para a homeostasia do cálcio e do fósforo e contribui, assim, para a mineralização dos ossos e para redução do risco de fratura. A insuficiência de vitamina D aumenta o risco de osteoporose e as consequências mais graves da sua deficiência são a osteomalacia no adulto e o raquitismo na infância.

O estado adequado desta vitamina parece ser um fator protetor contra várias doenças, nomeadamente doenças que afetam a saúde musculoesquelética. Para além disso, a insuficiência de vitamina D poderá também estar relacionada com a doença cardiovascular, doenças infeciosas e com doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, a diabetes, a obesidade e alguns tipos de cancro.

Quais são as fontes de vitamina D?

A vitamina D pode obter-se através de alimentos ou ser sintetizada pela pele quando exposta ao sol, sendo esta a principal fonte.

As principais fontes alimentares de vitamina D são: peixe gordo, fígado, carne e produtos de carne (especialmente vísceras) e gemas de ovos.

Já a diminuição da exposição solar decorrente do sedentarismo nas sociedades mais desenvolvidas, a pele escura (indivíduos com maior teor de melanina necessitam de um período de tempo superior para a sua síntese), a reduzida ingestão de vitamina D, a maior latitude e os meses de inverno são os principais fatores responsáveis pela insuficiência de vitamina D.

Qual é a ingestão de vitamina D recomendada?

De acordo com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), o valor de ingestão adequada de vitamina D para a população europeia é de 15 µg/dia, em condições de mínima síntese cutânea de vitamina D. O valor de ingestão adequado para as crianças entre os 7 e os 11 meses de idade é de 10 µg/dia.

Ora vejamos:

Alimento Porção Quantidade de vitamina D por
porção (µg de colecalciferol)
Salmão grelhado Uma posta (173g)  15,9 µg
Atum fresco grelhado Um bife (207g) 9,7 µg
Sardinha meio gorda conserva
em azeite (escorrido)
Uma lata (85g) 6,0 µg
Peixe-espada-preto grelhado Uma posta (240g) 5,8 µg
Cavala grelhada Uma unidade (116g) 2,6 µg
Bacalhau fresco cozido Uma posta pequena (162g) 1,6 µg
Ovo de galinha cozido Uma unidade (56g) 1,0 µg
Leite de vaca UHT meio gordo Um copo pequeno (207g) 0,2 µg


Fonte: PortFIR – Plataforma Portuguesa de Informação Alimentar.

Qual o consumo de vitamina D na população portuguesa?

De acordo com o último Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (2015-2016), a ingestão média de vitamina D pela população portuguesa é de 8,2 µg/dia, valor que é superior nas mulheres (9,2 µg/dia) e inferior nos homens (7,1 µg/dia).

A suplementação alimentar/nutricional foi reportada, no mesmo inquérito, por 26,6% da população portuguesa. Concretamente no que respeita à suplementação de vitamina D esta é mais prevalente nas crianças. Por sua vez, os idosos são o grupo etário com maior prevalência de ingestão inadequada de vitamina D.

Algumas recomendações para aumentar a ingestão de vitamina D são incluir peixes gordos, como o atum e a sardinha no dia alimentar, no contexto de uma alimentação saudável e mediterrânica que tem como princípios ser variada, equilibrada e completa, procurando sempre que possível consumir alimentos sazonais e de produção local.

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