Viagens com Alma

Luís Baião // Agosto 2, 2020
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Dentro do meu coração existe um carinho muito especial por todos os lugares onde já estive. Paisagens, pessoas, cultura, gastronomia, amizades, religiões… é pouco para demonstrar o prazer de viajar.

Entre tantas coisas que adoro fazer, viajar é uma delas. Viajar é para mim um prazer imensurável! E é prazer do início ao fim! Costumo dizer que adoro partir para viagem, adoro o que acontece durante a viagem e adoro chegar de viagem. Os três estados completam-me porque tudo é uma viagem assim tenhamos olhos de viajante.

Tudo é uma viagem assim tenhamos olhos de viajante.

Conhecer um novo destino ou revisitar um destino que já conheço é simplesmente apaixonante. Se viajarmos para um novo destino despertamos a criança aventureira que existe em todos nós. Se viajarmos para um destino já conhecido desperta em nós a saudade dos locais que se vão tornando familiares e nos fazem sentir em casa.

O prazer da viagem faz-nos sentir vivos e perceber o quanto em cada mundo, de um novo destino, existem vários mundos. Como costumo dizer que se não sairmos da nossa aldeia não temos noção das aldeias existentes

Viajar alarga horizontes e inspira-nos.

Para que cada viagem seja prazerosa deve ser vivida com um sentimento grande de gratidão. Devemos sentir e amplificar o sentimento de sermos privilegiados por a vida nos permitir sonhar e realizar os nossos sonhos, como conhecer determinado destino.

Muitas vezes pergunto-me, porque gosto tanto de ir como de voltar? Quando vamos levamos o coração aberto a novas experiências e amizades. Quando voltamos trazemos no coração tantas experiências que queremos partilhar o mundo com o que nos são mais queridos.

Eu viajo muito pela mente, também, nas memórias que me levam a vivenciar momentos mágicos das viagens, pequenas particularidades, os cheiros, os sabores, os olhares, as amizades que se criaram, o diferente, o desconhecido e tantas outras sensações. Isso, por si só, já é uma fonte de prazer. Vivenciar o já vivido através das recordações que a memória guarda ou através de imagens que eternizam momentos. Esta vivência, além de prazerosa, por vezes activa a saudade e cresce a vontade de voltar a viajar. É algo que sinto de forma tão intensa, que me é difícil descrever em palavras a emoção que sinto.

A própria vida é uma viagem.

As viagens levam-nos a momentos simples e marcantes, algo que podemos sempre experienciar em qualquer lado, em qualquer lugar, se tivermos em mente que a própria vida é uma viagem. 

Uma simples conversa com um desconhecido, um nascer ou um pôr-do-sol, uma oração, um odor, um sabor são coisas simples, momentos do quotidiano que gravamos na memória porque nos marcaram de alguma forma. Tenho alguns exemplos destes com viagens, como estar, por exemplo, na Patagónia e sentir o frio dos glaciares. Estar em Marrocos e me deixar inebriar pelas orações, que para mim são autênticos mantras. Estar na Índia maravilhado com o olhar brilhante das pessoas, no Japão surpreendido com organização e honestidade do povo. No Butão sentir através de todo o meu ser o verdadeiro respeito pela natureza. Estar no Nepal a tocar o céu nas suas montanhas imponentes. No Peru sentir a ancestralidade da cultura inca ou por África a vida selvagem nos seus safari. Ou até mesmo, na cosmopolita Nova Iorque a modernidade, ou na Europa a imponência das suas histórias. Ou no nosso querido Portugal o pitoresco da diversidade das suas regiões… São muitos os exemplos que tenho. 

Uma viagem, uma caixinha de surpresas.

Viajo há 25 anos, e qualquer uma das viagens que fiz ao longo destes anos, com grupos e sem grupos, é sempre uma surpresa. No início, quando comecei a viajar, muitas dessas viagens sozinho. Lembro-me que as cartas que enviava para os meus pais chegavam meses depois, muitas vezes até depois da minha própria chegada. As fotografias eram de rolo, não dava para ver na hora como acontece hoje. Mas, dava para guardar tudo para mais tarde recordar vivendo cada momento uma vez mais.

Hoje, as viagens tornaram-se ainda mais prazerosas. Viajo com a minha linda mulher, a Daniela Ricardo, que além de me ajudar na organização e na logística das viagens, é também autora de vários livros de viagens e de alimentação saudável pelo mundo. Juntos guiamos grupos pelo mundo, neste meu projecto que começou há 25 anos. Gosto de chamar às minhas viagens, viagens com alma

Já milhares de pessoas se aventuraram pelo mundo connosco e a opinião delas é essa mesma. Viagens com Alma criadas como se de uma obra de arte se tratasse. Gostamos que assim seja e é para nós muito prazeroso cuidar de cada detalhe, de cada pormenor, pois cada um deles proporciona-nos uma autêntica viagem. Partilhar o que nos apaixona também é um dos prazeres.

A cada dia entrego-me como se não se existisse amanhã, como se nada pudesse interromper cada agora. A minha cabeça não pára de querer mais, mais vivências, mais experiências e de viver cada nova viagem que começa no sentir dessa vontade que transborda no meu ser.

Nota: Retomamos as nossas Viagens com Alma em Outubro. 

  • De 01 a 11 de Outubro estaremos de regresso ao Deserto dos Sonhos. Mais informações aqui
  • De 17 de Novembro a 01 de Dezembro é tempo de regressar ao Peru. Mais informações aqui.

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