Com a aproximação do verão, a temperatura a aumentar e os dias a alongarem, parece que é impossível deixar de pensar nas tão esperadas e merecidas férias.
Mas, porque não aproveitar esta altura, em que ainda não estamos rodeados por milhares de pessoas nas praias, que quase não nos permitem esticar as pernas, para tirar uns dias, num fim de semana maior, e desanuviar um pouco?
A minha sugestão para um fim de semana relaxado e muito bem passado é a Nazaré.
Eu tinha viagem planeada, chegar ao hostel, pousar as coisas, dar uma voltinha, jantar e, num dos dias seguintes, dar um saltinho a São Martinho do Porto. Mas, mal cheguei reparei que, se não levasse nada preparado e definido, rapidamente poderia arranjar quarto. Por todos os cantos das ruas, estão espalhadas senhoras que perguntam continuamente se precisamos de quarto.
Chegámos numa sexta feira, já não muito cedo e, portanto, mal deixámos as malas no hostel, fomos em busca de um lugar simpático onde jantar. O que não falta são restaurantes onde sentar, com menus expostos à porta e sempre recheados do marisco e do peixe frescos daquele mar tão próximo.
Deitámo-nos cedo, cansados da viagem, e acordámos tarde, na manhã seguinte. Como tínhamos as instalações todas ao nosso dispor, fomos a um mini mercado comprar pequeno almoço. Comemos na cozinha, de porta aberta, com vista para os telhados de todas aquelas casinhas e com o mar lá bem no fundo.
Toda a vila é maravilhosa, as casas todas caiadas de branco, as ruelas pequenas, as pessoas na rua, os pequenos cafezinhos com as típicas discussões de futebol. Basta pousar os pés no passeio para, imediatamente, sentirmos o sabor a férias.
No sábado, decidimos subir ao Miradouro do Suberco, de onde conseguimos ver as imensas casinhas mesmo em cima do mar. Depois, e como não podia faltar, fomos visitar a tão conhecida praia do Norte, a que tem as maiores ondas do mundo. No farol, mesmo por cima desta, podemos conhecer os surfistas que passaram pela Nazaré e ver algumas imagens incríveis de ondas com tamanhos que não poderíamos sequer imaginar.
No domingo, e para a despedida, decidimos, finalmente, arriscar o primeiro banho do ano. Abrimos a época balnear em São Martinho do Porto, apenas a uns minutos da Nazaré e passámos lá o resto da tarde. A água estava quente e o tempo bom.
No regresso da estadia, não se pode deixar de sentir a cabeça leve, a capacidade para enfrentar tudo com mais fôlego e, acima de tudo, não se pode voltar sem a promessa de um dia regressar, com mais tempo e mais vagar.
Margarida Martins
