Há quem transpire muito e há quem transpire muitíssimo. Pode ser verdadeiramente embaraçoso e profissionalmente complicado: basta imaginar o quão desagradável é cumprimentar alguém com a mão molhada, ou ser atendido por um funcionário que, literalmente, pinga suor para a mesa.
Porque transpiramos?
O nosso corpo necessita de ter um sistema de “arrefecimento” da temperatura corporal em variadas situações, nomeadamente quando a temperatura exterior aumenta. O sistema nervoso e as glândulas sudoríparas écrinas ajudam nessa função.
Transpiramos das mãos, axilas, pés e face em diferentes condições e o suor, na superfície da pele, ao evaporar, dá uma sensação de frescura e baixa a temperatura do corpo. Mas, se for excessivo, e a quantidade de suor for quase permanente, então falamos de hiperhidrose.
Quais as causas de hiperhidrose?
Pode simplesmente ser de causa genética, em que a produção de suor está “acelerada” sem nenhuma causa identificada e se transpira de forma exagerada nas mãos, pés, axilas e face – hiperhidrose primária; e pode haver transpiração excessiva em todo o corpo – hiperhidrose secundária – como consequência de uma doença/ condição (infeção, linfoma, hipertiroidismo, diabetes, menopausa, etc) ou um medicamento. Por isso se deve ir ao médico e tentar perceber o que se passa.
O que podemos fazer?
Nas causas primárias recorremos a várias terapêuticas:
- Antitranspirantes com sais de alumínio em spray, roll-on, creme, toalhetes;
- Medicamentos em comprimidos com ação reguladora da libertação neurológica do suor – anticolinérgicos;
- Modificação da libertação do suor mediante a aplicação de corrente eléctrica de baixa intensidade – iontoforese;
- Aplicação de toxina botulínica (sim, a mesma substância que se utiliza para bloquear as rugas dinâmicas!) que modifica a libertação de suor;
- Aplicação de microondas para destruir as glândulas sudoríparas écrinas axilares;
- Cirurgia: para remover as glândulas sudoríparas locais ou então corte do nervo responsável pela ordem de sudação excessiva – simpatectomia torácica.
Na hiperhidrose secundária, claro que o mais importante é resolver a doença ou condição que causa a transpiração excessiva. Pode ser um problema simples ou alguma doença grave que ainda não foi diagnosticada.
O melhor mesmo é procurar o seu médico ou o seu dermatologista. Mas não complique: pode ser só um caso de autoestima a menos ou de comida picante a mais!