No livro Outliers, de Malcolm Gladwell, o autor discute, fundamentando, como a prática continuada e sistematizada de uma qualquer competência (ex: violino), pode conduzir à manifestação de talento acima da média. A partir deste exemplo, brinda-nos com um conjunto de outros exemplos, onde este tipo de fenómeno pode ser observado (como foi o caso dos Beatles, que tocavam ininterruptamente, anos a fio sem sequer fazerem pausas…).
Na realidade, este autor defende que o principal indicador de Excelência, não é aquilo que é comumente reconhecido como talento inato mas antes, o que resulta de esforço continuado (no caso, o autor refere 10000h de prática).
Por esta razão, os “performer’s” excecionais são, na sua maioria, aqueles que conseguem combinar Talento e Trabalho.
Esta parece ser, a “fórmula mágica”.
Colocam-se, então, dois desafios:
1) Identificar a nossa área de talento natural – uma dica: normalmente está associada às coisas que nos dão mais prazer
2) Saber como posso treinar a minha área de talento, de forma afincada e sistematizada e… com uma grande questão associada:
– Como treinar sem perder o prazer, sem que se torne numa rotina “cinzenta”..
Acresce uma dificuldade:
A nossa capacidade de “parar”, de sentirmos as nossas emoções quando estamos envolvidos numa dada atividade e de, voluntariamente, escolhermos um percurso de especialização, com todas as fases de frustração que estão sempre associadas…
É que, efetivamente, e por mais bizarro que possa parecer, a sensação de superação, a adrenalina a correr cada centímetro do nosso corpo, o gozo de conseguir mais aquele pedacinho de qualquer coisa que desejamos muito… só vem depois de nos dispormos a atravessar o “deserto” da frustração onde nada parece acontecer e, até as vezes, parecemos regredir…
Já agora, uma dica:
A FRUSTRAÇÃO ajuda a TREINAR a NOSSA DETERMINAÇÃO e, por isso, APROXIMA-NOS das NOSSAS METAS!
Ana Ramires
ana.bispo.ramires@anabisporamires.com
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