Stress

Carla Rosa // Novembro 25, 2016
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Its not stress that kill us , it is our reaction to it (Não é o Stress que nos mata, mas sim a nossa reação a ele)
Hans Selye 1956

Fala-se muito do Stress como a doença do Sec.XXI, mas a maioria das pessoas não faz ideia do que provoca no nosso corpo. Temos que perceber este fenómeno para lhe dar o devido valor e consequentemente, podermo-nos defender o melhor que conseguirmos.

O Stress é consequência das constantes tensões e preocupações do nosso dia a dia, dos desafios, das exigências e das pressões a que todos estamos expostos, sejam pessoais, familiares, financeiros, emocionais, profissionais, culturais, entre outros. É por essa razão que é seguro dizer-se que o Stress faz parte da vida de cada um de nós, embora em cada pessoa se manifeste de maneira diferente.

Hans Selye foi uma das pessoas que, desde 1930, mais estudou o Stress, tendo identificado três fases:
– 1ª Fase de alarme
– 2ª Fase de resistência
– 3ª Fase de exaustão

1ª Fase de Alarme
Quando nos sentimos em perigo, o nosso organismo reage rapidamente, numa reação conhecida por “Luta ou Fuga”. Aqui o nosso Sistema Nervoso prepara o corpo para uma destas reações.

O Sistema Nervoso Autónomo é dividido pelo Sistema Nervoso Simpático e o Sistema Nervoso Parassimpático. Quando o nosso organismo entra num estado de alerta, “ativa” o Sistema Nervoso Simpático e “desativa” o Parassimpático.

Sucede-se uma reação Neuro endócrina, através do seu eixo Hipo talâmico- pituitário-adrenal (HPA).

foto-explicativa

O Hipotalamo é uma estrutura cerebral do Sistema Nervoso Central que tem uma grande importância na homeostase do corpo. A Pituitária é uma glândula intra cranial que segrega hormonas em resposta à reação do Hipotalamo. As Glândulas adernais são estruturas suprarrenais que são ativadas pela pituitária e tem como função produzir adrenalina, hormona de cortisol e hormonas que regulam o nível de fluídos no corpo.

Nesta fase ocorrem alterações no nosso organismo;
– Ativam-se as glândulas sudoríparas, produzindo o suor,
– Ocorre o aumento da tensão arterial,
– O fluxo sanguíneo dirige-se para os músculos,
– As pupilas dilatam-se para uma melhor visão,
– Verifica-se o aumento da capacidade pulmonar,
– O fluxo de saliva e as funções digestivas diminuem,
– Libertam-se hormonas, como a adrenalina,
– Aumenta o ritmo cardíaco,
– Inibição da bexiga e das funções excretórias,
– O fígado liberta mais glicose (açúcar).

Quem é que já não passou por alguma destas situações?
Começar a transpirar de repente, a respiração mais ofegante, o coração mais acelerado, a boca seca e a dificuldade em estarmos quietos. São alguns sintomas da fase de alarme.

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2ª Fase de Resistência
O corpo está a trabalhar para manter um nível de funcionamento muito acelerado e ao mesmo tempo todas as funções regenerativas do corpo baixam as suas funções. O corpo não desenvolve otimamente.

Na fase de Resistência pode acontecer, ficar com a tensão arterial alta, aparecer arritmias cardíacas, dificuldade de digestão, síndrome do cólon irritado, entre outros.

Estas doenças vão então manifestar-se em pessoas diferentes, baseadas em fatores distintos, mas todas elas estão relacionadas com um caminho patológico que acabará por ocorrer, baseado nesta adaptação ao stress.

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3ª Fase de exaustão
É quando começam a falhar os mecanismos de adaptação e há um deficit de reservas de energia. A maioria dos sintomas somáticos e psicossomáticos destacam-se mais nesta fase. A resistência do organismo não é ilimitada e começa a entrar em falência. Aqui poderão aparecer várias patologias: Diabetes, fadiga crónica, síndrome de exaustão, doenças auto imunes, como por exemplo, fibromialgia, encefalomielite miálgica, esgotamento, reumático entre outras.

Todas estas doenças de adaptação são uma desordem polimórfica, que varia de pessoa para pessoa, em que o organismo vai identificar o meio de menor resistência, provocando uma desvitalização gradual e sistémica. Quando chegamos a este ponto, podemos estar a entrar numa fase irreversível.

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Segundo o Dr. J.M.Littlejohn:

Todos os medicamentos necessários á saúde existem no corpo humano, e eles podem ser administrados através do ajustamento do corpo para o fornecimento das condições essenciais para a sua associação natural.
(Littlejohn, John1907)

Carla Rosa

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