Nos dias que correm, efectivamente não fazemos outra coisa se não correr. Acordar, olhar o relógio e pensar de que forma poderemos fazer o maior número de coisas no menor tempo possível.
Entupidos pelo excesso de informação que recebemos seja através do telemóvel, seja através do computador, seja através do tablet ou da televisão; carregados pelo peso das funções que precisamos desempenhar e algumas vezes, frustrados com o ram-ram da rotina, vamos sentindo que a nossa cabeça precisa parar, contudo, ela parece cada vez mais acelerada.
E, porquê? Porque nós não paramos, a nossa mente pura e simplesmente responde aos estímulos que lhe damos…
É preciso saber parar.
É preciso estar consciente das escolhas que fazemos todos os dias e a toda a hora.
Quantas vezes estamos na pausa para o almoço e em vez de desfrutarmos deste precioso momento em silêncio, saboreando e apreciando o sabor da comida, acabamos agarrados a mais um pequeno ecrã (telemóvel) viciados numa distracção que nos leva para longe do nosso estado interno?
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Se, realmente, estivermos bem atentos, podemos parar em vários momentos.
Esses momentos devem passar a ser transformados em pausas sagradas, e, se assim o fizeres, vais encontrar no “parar” o verdadeiro ansiolítico para a tua alma e para a tua mente.
Dicas:
– Promete a ti mesmo, que a primeira coisa que vais fazer ao acordar não é agarrar no telemóvel e, sim, ficar 10 minutos de olhos fechados, totalmente focado numa respiração calma e tranquila; Isto vai fazer toda a diferença no decorrer no teu dia;
– Usa o pequeno-almoço para o teu momento de silêncio. Uma pausa sagrada que dedicas ao teu corpo, de forma a de facto possa ser nutrido, no verdadeiro sentido da palavra, pelos alimentos que escolheste para te alimentar logo pela manhã. Estudos científicos comprovam que quando nos alimentarmos em silêncio, temos a capacidade de absorver na totalidade, tudo o que a comida tem para nos dar;
– A meio da manhã e a meio da tarde, uma pausa de 10 minutos sem telemóvel, sem computadores, sem ninguém para comunicar faz toda a diferença a nível mental, emocional e físico (conseguimos descomprimir os músculos em segundos quando nos esvaziamos de tudo). Nessa pausa é muito importante ir até à rua, esteja a chover, esteja a fazer sol, para respirar ar puro e nos reabastecermos de energia vital. Uma pausa preciosa que nos tornará mais produtivos quando regressamos às tarefas profissionais;
– Quando a nossa rotina profissional acaba, geralmente, sentimos que não “temos nada para dar”, que toda a energia se esgotou. Precisamente por isso, precisamos dar ao corpo o que ele perdeu – Ki (energia vital).
Práticas que energizam:
- 10 minutos de caminhada mindfulness (atenção plena) na natureza, em silêncio, revigora o nosso corpo como se estivéssemos estado horas no spa. Se tiveres filhos leva-os contigo, mesmo que não seja possível o silêncio, todos vão ganhar com este momento;
- fazer seis voltas da saudação ao sol (dá cerca de 10 minutos com uma música zen a acompanhar), isto vai estirar-nos todos os músculos, retirar tensões e reduzir a actividade mental;
- preparar um espaço da casa, com velas, incenso ou óleos essenciais, para mergulhar numa pausa sagrada através da meditação antes de dormir – aqui não há responsabilidades, nem tarefas, nem smartphone, nem tablets, nem ninguém! Fechamos os olhos, usamos respirações profundas para sentir que esvaziamos o corpo, a mente e o espírito de pensamentos, de emoções e obrigações.
Na verdade há vários momentos em que podemos parar, ouvir e cuidar do nosso corpo, contudo, há “tanta” oferta para nos distrairmos que esquecemos de nos desconectar do mundo exterior e de nos conectarmos ao nosso mundo interior. Se ao longo do dia formos fazendo pausas em que nos despimos de tudo, iremos perceber que nos tornamos pessoas mais tranquilas, leves, sãs e até felizes.
Saber parar é o verdadeiro “ansiolítico” que o ser humano precisa para ter um corpo são e uma mente sã!