Para algumas pessoas a mudança é encarada como uma oportunidade de evolução, transformação e renovação. Algo natural e absolutamente necessário. Para outras mudar é apenas uma fonte de problemas, medos e inseguranças. Eu identifico-me com as primeiras.
Acredito que a vida é feita de ciclos, nas várias áreas.
Isso faz com que, nalguns momentos, tenhamos de tomar decisões que impliquem alterar a realidade que já conhecemos e dominamos.
Numa relação amorosa, por exemplo, quando se começa a sentir tristeza, vazio, indiferença, falta de vontade de estar e partilhar momentos com o outro ou simplesmente desgaste, por não se ter sabido cuidar aquela ligação, está na hora de ter a coragem de mudar.
Se as duas pessoas amaram muito e souberam respeitar-se enquanto estiveram juntas, é natural que queiram fazer todas as tentativas possíveis para resgatar a relação, evitando mudar. E até é bom que assim seja, porque o mais fácil é desistir, sem nenhuma iniciativa que altere o quadro que se está a viver. Outras pessoas, para não terem de assumir esta mudança, permanecem numa relação morta, em que já nada são capazes de dar ao outro. São as chamadas relações de fachada.
Mudar é sinal de inteligência
Ter a coragem de mudar, às vezes contra tudo e contra todos, é sinal de inteligência e de respeito. Por nós e pelo outro. Por isso mudar pode ser difícil, mas mudar também é bom.
Mudar é preciso e faz bem.
O mesmo se aplica na vida profissional. Quantas vezes nos encontramos infelizes numa empresa ou projecto? E a pergunta que se deve fazer aqui é, até quando vamos ficar parados, quase sempre por medo, esperando um milagre, para não arriscarmos a mudança? Alguns desses medos não têm qualquer fundamento.
Eu acredito profundamente que a mudança é sempre para melhor.
Mesmo quando a seguir vivemos o oposto do que projectámos, valeu a pena. Primeiro porque agarrámos a vida com as nossas próprias mãos e escolhemos nós. Segundo porque são nas experiências menos boas que estão os maiores ensinamentos, nomeadamente daquilo que não queremos voltar a viver.
Aproveite esta recta final do ano e faça uma análise à sua vida. Há alguma área em que esteja a precisar de mudar? E em si? Então mãos à obra!
Nota: Fotografia por Verónica Silva