No último post falámos sobre situações que nos fazem sentir uma PORCARIA – baseado no trabalho de alguns médicos menos convencionais, mas fundamentados em investigação científica sólida, vamos abordar a hipótese de parte importante destas queixas terem origem no nosso intestino e na desregulação que ele pode trazer aos nossos sistemas de controlo automático.
É um facto cientificamente documentado que algumas substâncias e entre elas alguns medicamentos como é o caso dos anti inflamatórios (medicamentos para dores) provocam uma diminuição das defesas e barreiras do intestino – provocando uma aumento da porosidade da parede intestinal – o nosso intestino funciona como um gigantesco filtro, que deverá deixar passar para o interior do corpo os nutrientes dos alimentos, e deixar fora as substâncias que não nos interessam e as bactérias e fungos que vivem no intestino, onde fazem um precioso trabalho, mas que fora dele podem provocar doenças – é o caso da famosa E. Coli (ou colibacilo) – muito conhecido das mulheres que tem infeções urinárias frequentes – esta bactéria no nosso intestino não nos faz mal nenhum, mas se chega à bexiga ou uretra, facilmente provoca uma infeção urinária.
O que está menos documentado cientificamente, mas que na prática faz muito sentido, é que determinados alimentos, que já percebemos são INFLAMATÓRIOS – alimentos ricos em “açúcares” – pão, farinhas, doces, tostas e leite e alguns derivados – tenham o mesmo efeito de aumentar a porosidade do intestino e provocar um aumento da atividade do nosso sistema imunitário, provocando um estado permanente, embora ligeiro da “sensação de doença” (ver post de nova abordagem da depressão) – desta forma os alimentos podem estar na origem do aparecimento ou manutenção de muito dos sintomas do “síndrome sinto-me uma porcaria”.
Há milhares de anos que a medicina utiliza tratamentos “detox” – da antiga medicina hayurvedica à moderna “medicina funcional”, todos os médicos percebem que em alguma altura da nossa vida precisamos de nos “afastar” de determinados alimentos e comportamentos de vida, para restabelecermos a nossa saúde.
Em época de férias, procure o seu detox – faça exercício com regularidade, escolha o melhor possível os alimentos que come e faça um “detox” ou limpeza EMOCIONAL.
Saúde para todos
José Fernando Santos
Especialista em Medicina Geral e Familiar