Prazer e felicidade caminham de mãos dadas

Fátima Lopes // Fevereiro 1, 2020
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O ano mal começou e  ainda temos muito para viver, experimentar, refletir e mudar. Resolvi, por isso, dedicar o mês de Fevereiro ao tema do prazer. Uma palavra bonita, cheia de significados e, para mim, com vibrações muito positivas. Nem todos estão à vontade com esta palavra porque lhe atribuem imediatamente um significado associado à sexualidade. E se não estiverem felizes ou resolvidos com a sua sexualidade, seja ela qual for, ficam desconfortáveis com a palavra. 

Não há dúvida que no tema da sexualidade, a palavra prazer é mesmo imprescindível. Logo a começar pela pergunta que é óbvia: vive a sua sexualidade com prazer ou não? Se não, está na altura de identificar o que não corre bem e corrigir. Tudo pode ser alterado. Esteja acompanhado ou sozinho. 

Qual o significado de prazer?

Se formos procurar ao dicionário os significados da palavra prazer, muitos adaptam-se efectivamente ao prazer sexual, mas também a muitos outros prazeres de que falarei a seguir: “Sentimento agradável que algo faz nascer em nós; deleite; gozo; delicia; gosto; desejo; alegria; divertimento”. 

Quando penso num dos meus maiores prazeres diários, vem-me imediatamente à memória o momento em que janto em casa, na companhia dos meus filhos e do Brownie. Sinto uma alegria e um contentamento que me preenchem por completo. Ou quando cozinho para os meus amigos. Ou quando num dia chuvoso e frio, eu e os meus filhos nos enroscamos no sofá, com mantas e uma taça de pipocas, para ver um filme. O mesmo agrado sinto quando vou dar um passeio sozinha na praia, em silêncio. 

O prazer pode e deve ser vivido nas várias áreas da nossa vida.

Uma área onde o prazer não entra, deve fazer soar um sinal de alarme. No dia em que não sentir prazer no que está a fazer, por exemplo, está na altura de mudar. De profissão ou de local de trabalho. É um óptimo barómetro. 

Eu não consigo ficar onde não sinto prazer de estar. É mesmo um convite à mudança. Mas, é fundamental que nos lembremos que tudo o que vivemos e sentimos tem um propósito e encerra em si um ensinamento. Logo não há espaço para lamentações ou vitimizações. E porque digo isto? Para que não perca tempo a castigar-se por aquilo que ainda não fez ou a responsabilizar os outros pelo impacto que tiveram na sua vida. Desde que tenha essa consciência, pode fazer diferente a partir de agora. E a vida só faz sentido ser vivida quando adoptamos o prazer como princípio de vida e o prazer como sentido de vida. Porque o prazer é felicidade e porque o prazer e a felicidade caminham de mãos dadas. 

Nota: Fotografia por Verónica Silva

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