Afinal o que é o microbioma?
O microbioma é o conjunto das bactérias e outros microrganismos que vivem no nosso corpo e que tem funções inacreditáveis na nossa saúde. Eles constituem cerca de 1 a 2 kg do nosso peso corporal, são 10 vezes mais do que as células que nos constituem e o seu material genético é 100 vezes superior ao dos nossos genes. Resumidamente, somos apenas 10%, sendo os restantes 90% microbioma!
Porque é tão importante o microbioma?
Estas bactérias assumem funções muito importantes como imunitárias, neuromodulação, produção de substâncias, como neurotransmissores (hormonas que regulam o nosso bem-estar, humor, sono, irritabilidade, fome etc.), vitaminas e outras substâncias como os ácidos gordos de cadeia curta que tem variadíssimas ações benéficas, nomeadamente anti-inflamatória e anticancerígena. Uma outra função importante das bactérias que compõem o microbioma é a regulação da estabilidade das mucosas, onde encontramos tecido linfóide imunitário. A mucosa intestinal, por exemplo, concentra 80 a 90% do nosso sistema imunitário. O microbioma desempenha, assim, um papel importante na nossa proteção, pois são as bactérias benéficas que detêm o crescimento de bactérias e outros organismos que nos provocam doenças.
Qual o poder destas bactérias que nos curam?
Estes seres que silenciosamente vivem dentro de nós controlam a nossa saúde, o nosso bem-estar, o nosso comportamento, condutas, vontade de comer e praticamente todos os metabolismos. Para além disso, as substâncias produzidas por estas bactérias podem assumir um papel epigenético importante, ou seja, determinar ou não a expressão dos nossos genes associados a doenças.
É robusta a evidência científica que valida e esclarece o papel dos microrganismos comensais e a sua relação simbiótica com o ser humano, além de considerar que a intervenção na microbiota leva a uma melhoria considerável da saúde humana.
Sabe o que está associado a desequilíbrios do microbioma?
Muitas vezes pensamos que se o intestino funciona corretamente, que não existe alteração na nossa microbiota intestinal. Mas não é correto. Os distúrbios gastrointestinais associados a alteração desta microbiota podem fazer-se sentir em órgãos e sistemas distantes do intestino, como na pele, sistema nervoso, sistema respiratório e promover as mais diversas doenças.
Alguns exemplos de sintomas indesejados e de doenças que estão associadas a distúrbios na flora intestinal:
- Distúrbios gastrointestinais, obstipação e diarreias;
- Síndrome do intestino irritável;
- Excesso de peso e dificuldade em emagrecer;
- Infeções (urinarias, ginecológicas, pulmonares, intestinais, cutâneas);
- Alergias, asma e eczemas;
- Depressão, ansiedade, défice de cognição;
- Doenças degenerativas;
- Cancro;
- Doenças autoimunes;
- Doenças neurológicas e psíquicas;
- Doenças metabólicas e cardiovasculares;
- Envelhecimento prematuro.
Que fatores contribuem para o empobrecimento do microbioma?
Para além da alimentação, outros fatores contribuem para o empobrecimento de desequilíbrio da microbiota humana. A exposição excessiva aos variados tóxicos que existem nos produtos que comemos, de higiene, que usamos, na indústria, no ar, os medicamentos, amálgamas dentárias, e tantos outros, vão contribuindo para a debilidade progressiva destas bactérias benéficas e muitas vezes dão lugar ao crescimento de outras que estão associadas a efeitos prejudiciais. O stress, dormir mal, ansiedade, falta de exercício físico são outros fatores que também podem induzir um desequilíbrio do microbioma.
Como é colonizado o nosso corpo?
A colonização pelas primeiras cepas é feita durante a gestação. Até há bem pouco tempo, pensava-se que o útero era estéril e a colonização do bebé se fazia na altura do nascimento. Hoje sabemos que o contacto com boas bactérias se faz ainda dentro do útero da mãe. Por isso, o microbioma da mãe é tão importante e contribuirá definitivamente para a composição das microbiotas do bebé durante a sua vida. O parto vaginal, bem como a amamentação são formas necessárias para uma microbiota saudável. O bebé herda as bactérias benéficas da mãe através da passagem no canal vaginal. O leite materno é o melhor alimento do mundo, extremamente rico em tudo o que o bebé necessita, nomeadamente bactérias importantes, como os Lactobacillus, Staphylococcus, Enterococcus e Bifidobacterium.
Como melhorar a minha microbiota em 10 passos:
- Comece por corrigir a alimentação, eliminando fritos, processados, açúcar, glúten, lácteos;
- Limpe o seu intestino;
- Insira alimentos ricos em probióticos;
- Insira prebióticos naturais;
- Pratique exercício físico de forma regular;
- Controle os níveis de stress e a qualidade do sono;
- Reduza medicamentos o mais possível;
- Reduzir o mais possível a exposição a tóxicos ambientais;
- Faça jejum intermitente;
- Bebe água em quantidade.
Quais os alimentos ricos em probióticos?
Podemos aumentar a concentração de probióticos através da sua suplementação ou da ingestão de alimentos ricos nestas bactérias benéficas, como por exemplo:
- Alimentos fermentados à base de soja (miso);
- Alimentos fermentados como kimchi, Chucrute;
- Kefir;
- Vinagre balsâmico;
- Kombucha;
- Pickles;
- Legumes fermentados.
O que são prebióticos?
Para além de ingerir alimentos ricos em probióticos ou mesmo complementar com a ingestão sob a forma de suplemento, é fundamental alimentá-los. Os prebióticos são alimentos que servem de substrato a estas bactérias benéficas e que vão alimentá-las, mantendo assim a sua representatividade correta e desejável.
Legumes, fruta, fibras solúveis e insolúveis, amido resistente são exemplos de alimentos com esta função
Programa BioReset 14d®
O meu programa BioReset 14d®, consiste em apenas 14 dias recuperar o seu intestino e microbioma. Para sanear e recuperar, é necessário primeiro limpar, reparar e depois regenerar. Estas são as fases do programa BioReset 14d® que agora apresento mais dirigido para saneamento e equilíbrio intestinais no meu livro “As bactérias que nos curam”.
Nestes 14 dias são dadas indicações fáceis, práticas e úteis para ter um intestino saudável, que equilibram e reforçam o microbioma de forma que estas bactérias possam assumir um papel determinante nas suas saúde e envelhecimento saudáveis.