Plano C para a Felicidade

Cristina Felizardo // Novembro 21, 2020
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O Plano C para a Felicidade!

… o teu plano de contingência para uma vida feliz!

E não é que este plano chegou na hora certa? Agora, que vivemos tempos sombrios, marcados por uma pandemia que nos está a obrigar a um distanciamento físico, social, como lhe queiram chamar… Ou seja, agora que uma doença nos roubou a certeza de que a vida continuaria perfeita no plano A, o plano prometido para a Felicidade, parece-me urgente começarmos a traçar um plano de contingência para uma vida feliz: o Plano C para a Felicidade.

Mas como é que cheguei ao plano C?

Olha, muito honestamente, foi depois de perder o plano A e de falhar redondamente no plano B. O caminho desconhecido que veio a seguir, com trilhos sinuosos, florestas densas e escarpas cortantes que recortavam a silhueta daquela montanha gigante, acabou por resultar naquilo que viria a chamar de Plano C.  Mas não penses que comecei aqui, não senhora! Comecei como tu: a berrar com quanta força tinha, a tremer de frio, nuazinha, a tentar perceber que mundo era este no qual tinha acabado de nascer. E tal como tu, recebi as instruções do plano A sobre o que fazer para alcançar a felicidade. Crescer, estudar, ter um bom emprego, casar com o homem dos meus sonhos, ter filhos – um casalinho de preferência, cuidar da família, construir uma carreira de sucesso, aproveitar a reforma para fazer um cruzeiro com o marido e morrer velhinha rodeada das pessoas que amo. Afinal, o meu plano A, o teu plano A, era o mesmo que o de toda a gente. Um tamanho serve todos.

Então o que aconteceu? O que falhou?

A vida! Foi a vida que simplesmente aconteceu, que acontece a todos e que nos mostra a ilusão que era este plano.

Eu fui desviada deste plano quando estava a alcançar a etapa de ter filhos. Consegui ser mãe. Mas o filho não nasceu «perfeitinho», como era pedido. Como tal, fui forçada a seguir o sinal de desvio e abandonar a via rápida onde tu seguias, veloz e segura, rumo à felicidade. Dei comigo perdida em trilhos desconhecidos. Tinha perdido o plano A. Ainda tentei refazer os passos até ao sinal de desvio, mas isso só deu em asneira. Portanto, um plano B falhado! Por alguma razão, acabava por voltar ao trilho perdido algures na montanha. Fiquei algum tempo sentada no único banco de pedra que por ali existia, debaixo do único candeeiro que pouco ou nada alumiava, à espera deles, dos outros, do povo, para que me dissessem o que fazer a seguir, para onde ir, mas rapidamente percebi que, afinal, estava à espera de quem não vinha. 

Por isso, pus-me a caminho.

Não penses que foi uma decisão fácil, porque não foi. Primeiro, porque a montanha, vista do sítio onde me encontrava, parecia um monstro impiedoso, um gigante impossível de alcançar. Segundo, porque nunca tinha dado um passo sem saber para onde ia e, ali, naquele ermo do mundo, o gps não funcionava. Terceiro, e último, porque estava sozinha… tu não estavas lá! Como vês, não foi fácil, mas foi a decisão que tomei: seguir em frente, rumo ao desconhecido

Foi uma viagem sem igual.

Foi uma viagem sem igual: de transformação para superar as perdas de amores, de empoderamento que trouxe uma capacitação pessoal e individual e de construção de uma melhor versão de mim mesma. Entre aventuras e desventuras, entre batalhas com demónios, entre cervejas geladinhas saboreadas nos albergues da montanha, encontrei o que eu não sabia ser possível de encontrar: uma nova felicidade! Esta, agora sim, ajustada em mim, feita à minha medida. 

E sabes o que bastou? Atitude!

A atitude que me fez levantar o rabiosque daquele banco de pedra e desbravar aquela montanha até encontrar a minha Felicidade. Por isso, confia, não em mim, mas em ti. Quando também a ti a vida acontecer e te encontrares no sopé da tua montanha, confia que também tu, conseguirás transformar-te, empoderar-te e construir-te. Também tu serás feliz.

O Plano C para a Felicidade é o mapa que trouxe comigo.

É o plano para todos aqueles que teimam em conquistar uma nova felicidade. É o livro que vai ajudar quem está disposto a trabalhar para ser feliz. Não há fórmulas mágicas, nem poções milagrosas, há, sim, tarefas e estratégias que cada um de nós (comum mortal) pode aplicar na sua vida, para encontrar a paz interior, o bem-estar, ou seja, a felicidade.

Mas não posso terminar sem antes prestar homenagem e reiterar o meu agradecimento a uma senhora com um “S”, que tornou possível teres este mapa nas tuas mãos: a minha querida Fátima Lopes.

– Foi graças a ti, Fátima, que um belo dia recebo um telefonema da Sofia a desafiar-me a escrever um livro sobre resiliência e superação. Muitos parágrafos depois, muita reflexão e apaziguamento depois, eis que nasce este livro. Oh que sensação boa! E então, com a “cereja em cima do bolo”, quando me brindas com um prefácio tão lindo, tão sentido, tão tu! Já to disse, e volto a repetir: gratidão é o que sinto, pelos nossos caminhos se terem cruzado. Tu estás lá, no Plano C. E agora, sem distanciamentos pandémicos, sem medos do que “a nova normalidade” nos reserva… Te abraço.

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Nota: Fotografias por Carolina Prata

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