Perturbação de pânico

Rosa Basto // Junho 18, 2021
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O Distúrbio do Pânico caracteriza-se pela ocorrência espontânea e inesperada de ataques de pânico, isto é, períodos distintos de medo intenso que podem variar entre vários ataques por dia e apenas poucos por ano. Costuma ser acompanhado por Agorafobia, o medo de ficar sozinho em lugares públicos (como supermercados, shoppings…), particularmente naqueles dos quais seria difícil ter uma saída rápida durante o curso de um ataque de pânico.

A Síndrome do Pânico é um distúrbio psicológico que leva uma pessoa a ter diversas crises de medo, pavor e angústia, sem um motivo real para desencadear a reação. Apesar da complexidade deste distúrbio, a Síndrome do Pânico tem cura quando é devidamente tratada com profissionais qualificados.

O que acontece durante um ataque de pânico?

Um ataque de pânico acontece subitamente em qualquer situação e momento do dia – seja durante uma reunião de trabalho, seja a conduzir, enquanto limpa a casa ou até mesmo a dormir. 

As crises de pânico são caracterizadas por períodos de intensa ansiedade, que duram em média dez minutos e que começam de forma inesperada, gerando uma série de outros sintomas que se tornam incontroláveis. Durante uma crise, a pessoa tem a sensação de que vai morrer, o seu coração acelera, o corpo começa a ter suores frios e fica trémulo

Quais são os sintomas?

Sintomas físicos:

  • Palpitação, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia;
  • Sudorese e tremores;
  • Dificuldade para respirar, falta de ar e sensação de sufoco;
  • Calafrios e náuseas;
  • Dores no peito e desconforto;
  • Dor de cabeça, tontura e até desmaios.

Sintomas emocionais:

  • Medo da morte iminente;
  • Ansiedade exagerada e descontrolada;
  • Medo de perder o controlo;
  • Medo de uma tragédia iminente;
  • Sentimentos de desproteção e desamparo;
  • Sensação de estar fora da realidade.

Quais são as causas?

Embora não exista uma causa específica, existe um conjunto de fatores internos e externos que podem desencadear o desenvolvimento deste distúrbio:

  • Fatores internos: predisposição genética, stress, excesso de autoexigência, falta de resiliência, desequilíbrio emocional;
  • Fatores externos: morte de alguém próximo, traumas como acidente, assalto, mudanças radicais na vida ou histórico de abuso sexual e outros traumas de infância.

Neurologicamente, o Distúrbio do Pânico é causado pelo desequilíbrio dos neurotransmissores – em alguns momentos, uma falha na comunicação entre as células transmite a informação de que a pessoa precisa de se proteger e reagir a uma situação de risco que, na verdade, não existe.

Sob o ponto de vista da inteligência emocional, o principal fator que desencadeia a Síndrome do Pânico é a relação afetiva materna, desde a gestação até ao momento atual. As pessoas que desenvolvem a síndrome carregam uma crença de desamparo e desproteção em relação à mãe – seja por algum trauma em que tenha passado medo ou abandono profundos, seja por alguma interpretação distorcida que foi dada pela criança. Por exemplo, uma criança pode interpretar que o pai ou a mãe o abandonam sempre que saem para trabalhar e demoram a chegar, e cresce com essa sensação de desproteção e desamparo. Até mesmo uma mãe que esteve muito ansiosa durante a gestação pode passar essa característica para o seu filho e esse excesso de ansiedade pode desencadear a Síndrome do Pânico.

A Síndrome do Pânico tem cura?

A cura da Síndrome do Pânico está na descoberta e na ressignificação das suas causas. Na maioria dos casos, são necessários alguns medicamentos para agir no sistema nervoso central, equilibrando os neurotransmissores e diminuindo a ansiedade da pessoa. Porém, o uso de medicamentos vai apenas aliviar os sintomas sem tratar o real motivo que desencadeou a doença. Caso contrário não haveria tanta gente a sofrer desta perturbação, não é? Quando não olhamos para as questões psicológicas e emocionais, por mais camufladas que estejam, elas permanecem vivas dentro de nós, podendo manifestar-se a qualquer momento. É importante uma boa terapia para levar ao equilíbrio emocional da pessoa que sofre deste distúrbio, e, assim que se trabalha a causa, ele tende a desaparecer.  

Hoje em dia existem muitas abordagens para trabalhar a ansiedade, que é a base da perturbação de pânico. Eu, nas minhas clínicas trabalho com a hipnose clínica, com o meu método de trabalho – protocolo Diamante. Os resultados estão à vista com imensos testemunhos de quem já fez a terapia e se entregou ao processo terapêutico. O sorriso de volta aos rostos dos nossos pacientes é a nossa maior motivação!

Quem se permite tratar tem como compensação começar a viver a vida que merece ter!

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