O Distúrbio do Pânico caracteriza-se pela ocorrência espontânea e inesperada de ataques de pânico, isto é, períodos distintos de medo intenso que podem variar entre vários ataques por dia e apenas poucos por ano. Costuma ser acompanhado por Agorafobia, o medo de ficar sozinho em lugares públicos (como supermercados, shoppings…), particularmente naqueles dos quais seria difícil ter uma saída rápida durante o curso de um ataque de pânico.
A Síndrome do Pânico é um distúrbio psicológico que leva uma pessoa a ter diversas crises de medo, pavor e angústia, sem um motivo real para desencadear a reação. Apesar da complexidade deste distúrbio, a Síndrome do Pânico tem cura quando é devidamente tratada com profissionais qualificados.
O que acontece durante um ataque de pânico?
Um ataque de pânico acontece subitamente em qualquer situação e momento do dia – seja durante uma reunião de trabalho, seja a conduzir, enquanto limpa a casa ou até mesmo a dormir.
As crises de pânico são caracterizadas por períodos de intensa ansiedade, que duram em média dez minutos e que começam de forma inesperada, gerando uma série de outros sintomas que se tornam incontroláveis. Durante uma crise, a pessoa tem a sensação de que vai morrer, o seu coração acelera, o corpo começa a ter suores frios e fica trémulo.
Quais são os sintomas?
Sintomas físicos:
- Palpitação, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia;
- Sudorese e tremores;
- Dificuldade para respirar, falta de ar e sensação de sufoco;
- Calafrios e náuseas;
- Dores no peito e desconforto;
- Dor de cabeça, tontura e até desmaios.
Sintomas emocionais:
- Medo da morte iminente;
- Ansiedade exagerada e descontrolada;
- Medo de perder o controlo;
- Medo de uma tragédia iminente;
- Sentimentos de desproteção e desamparo;
- Sensação de estar fora da realidade.
Quais são as causas?
Embora não exista uma causa específica, existe um conjunto de fatores internos e externos que podem desencadear o desenvolvimento deste distúrbio:
- Fatores internos: predisposição genética, stress, excesso de autoexigência, falta de resiliência, desequilíbrio emocional;
- Fatores externos: morte de alguém próximo, traumas como acidente, assalto, mudanças radicais na vida ou histórico de abuso sexual e outros traumas de infância.
Neurologicamente, o Distúrbio do Pânico é causado pelo desequilíbrio dos neurotransmissores – em alguns momentos, uma falha na comunicação entre as células transmite a informação de que a pessoa precisa de se proteger e reagir a uma situação de risco que, na verdade, não existe.
Sob o ponto de vista da inteligência emocional, o principal fator que desencadeia a Síndrome do Pânico é a relação afetiva materna, desde a gestação até ao momento atual. As pessoas que desenvolvem a síndrome carregam uma crença de desamparo e desproteção em relação à mãe – seja por algum trauma em que tenha passado medo ou abandono profundos, seja por alguma interpretação distorcida que foi dada pela criança. Por exemplo, uma criança pode interpretar que o pai ou a mãe o abandonam sempre que saem para trabalhar e demoram a chegar, e cresce com essa sensação de desproteção e desamparo. Até mesmo uma mãe que esteve muito ansiosa durante a gestação pode passar essa característica para o seu filho e esse excesso de ansiedade pode desencadear a Síndrome do Pânico.
A Síndrome do Pânico tem cura?
A cura da Síndrome do Pânico está na descoberta e na ressignificação das suas causas. Na maioria dos casos, são necessários alguns medicamentos para agir no sistema nervoso central, equilibrando os neurotransmissores e diminuindo a ansiedade da pessoa. Porém, o uso de medicamentos vai apenas aliviar os sintomas sem tratar o real motivo que desencadeou a doença. Caso contrário não haveria tanta gente a sofrer desta perturbação, não é? Quando não olhamos para as questões psicológicas e emocionais, por mais camufladas que estejam, elas permanecem vivas dentro de nós, podendo manifestar-se a qualquer momento. É importante uma boa terapia para levar ao equilíbrio emocional da pessoa que sofre deste distúrbio, e, assim que se trabalha a causa, ele tende a desaparecer.
Hoje em dia existem muitas abordagens para trabalhar a ansiedade, que é a base da perturbação de pânico. Eu, nas minhas clínicas trabalho com a hipnose clínica, com o meu método de trabalho – protocolo Diamante. Os resultados estão à vista com imensos testemunhos de quem já fez a terapia e se entregou ao processo terapêutico. O sorriso de volta aos rostos dos nossos pacientes é a nossa maior motivação!
Quem se permite tratar tem como compensação começar a viver a vida que merece ter!