O passado e o presente da Cultura do Xisto – Parte 3

Francisco Mendonça // Fevereiro 17, 2017
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Caros Caminhantes,

Nos nossos dois artigos anteriores, a 1ª e 2ª parte desta viagem pelas aldeias Históricas de Xisto, apresentámos-vos as aldeias da Cerdeira e Candal, respetivamente. Na 3ª e penúltima parte vamos dar-vos a conhecer o bonito percurso que liga estas duas aldeias.

O nome oficial deste percurso é o PR3 LSA, ou seja, Pequena Rota 3 da Lousã. Embora este trilho tenha a totalidade de 7 km, o que propomos é apenas 4 km, mais precisamente no caminho que liga a Aldeia da Cerdeira à do Candal. Apesar de este percurso poder ser feito em qualquer um dos sentidos, propomos que se faça no sentido Cerdeira – Candal, pelo simples facto de assim boa parte do percurso ser descendente, logo menos exigente para as pernas e pulmões menos habituados à atividade de caminhar em natureza.

Saindo da Aldeia da Cerdeira, descemos até à Ribeira da Cerdeira. O percurso, propriamente dito, inicia-se aqui. A primeira parte é sempre a subir. As vistas são deslumbrantes e, para além de várias faces da selvagem e bela Serra da Lousã, podemos observar o seu ponto mais alto, com 1.205m de altura, chamado de Trevim.

Após esta curta mas íngreme subida, chegamos a um estradão e, ao fletirmos para a direita, entramos num bonito bosque dominado por imponentes castanheiros e carvalhos, muitos deles centenários. Os longos troncos e fortes ramos destas históricas árvores, testemunhos vivos deste antigo e valioso património florestal, assumem muitas vezes formas excêntricas e sinistras, que transmitem uma atmosfera muito especial em vários momentos deste percurso, tornando-o ainda mais bonito. Animem-se os menos vigorosos, pois a partir daqui é quase sempre a descer. Já perto do fim começamos a ver algumas casas, sinal que estamos a chegar ao Candal. Já na aldeia, este caminho permite-nos atravessá-la e ajudar-nos a perceber o complexo enrodilhado de ruas, típicas das aldeias desta região, onde cada rua parece ter vontade própria.

Já na base da aldeia, encostados à estrada, os caminhantes poderão descansar numa deliciosa esplanada, pertença da Lojinha dos Talasnicos, a pequena mercearia tradicional de que falámos no artigo anterior. Para além de um merecido descanso poderão deliciar-se com os talasnicos, deliciosos biscoitos típicos desta aldeia. O som das águas apressadas da ribeira completam este magnífico cenário.

Resta acrescentar que este percurso está muito bem sinalizado e tem um nível 2 de dificuldade (em que 5 é o nível mais exigente). Embora sempre bonito, a Primavera, pela profusão de verdes e quantidade de água e o Outono pelo caleidoscópio de amarelos, castanhos e dourados, são as estações que mais recomendamos.

Na 4ª e última parte deste artigo iremos falar um pouco da última de 3 aldeias que nos propusemos apresentar, assim como algumas das mecas gastronómica da região.

Boas caminhadas,
Francisco
franciscomendonca@portugalwalkhike.com

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