Acordar bem cedo de manhã e vestir, preparar o lanche, arranjar a roupa para os filhos levarem para a escola, preparar o pequeno-almoço e descongelar a comida para o jantar. Acordar os filhos com um sorriso e muitos mimos que contrariem a rabugice do sono da manhã… hoje em dia este já não é um registo único da mamã. Numa parte importante e cada vez maior das casas portuguesas este é um hábito dos dois pais. Felizmente os pais estão cada vez mais presentes na vida dos filhos, como elementos participativos e ativos na dinâmica familiar.
Muitos estudos médicos demonstram a importância, para toda a família, da participação e presença ativa do pai na vida dos seus filhos. Mesmo em situações em que os pais já não coabitam é muito importante que as tarefas sejam repartidas e que exista uma presença permanente da figura paternal na vida das crianças. E muitas vezes esta figura de pai é desempenhada por um outro elemento que não o pai biológico da criança. Ainda assim é fundamental esta presença masculina. Neste mês em que celebramos o dia internacional da Mulher e o dia internacional do Pai – devemos acima de tudo celebrar o respeito pela diferença entre homens e mulheres. Sem dúvida é tempo para acabar com desigualdades salariais e outras incoerências sociais absurdas entre homens e mulheres – mas é também tempo para falar sobre as nossas diferenças saudáveis: homens e mulheres educam os filhos de maneira diferente e claro, complementar. Um estudo de revisão canadiano realizado em 2002 e actualizado em 2007 (FIRA – Father Involvement Research Alliance) demonstrou diversas vantagens do envolvimento do pai na educação das crianças – na análise de mais de 150 estudos, fica demonstrado que as crianças que têm a figura paterna presente, têm melhor desenvolvimento mental e cognitivo, melhor desempenho escolar, menos probabilidade de chumbar e serão jovens adultos mais resilientes e tolerantes ao stress, mais autoconfiantes e participam mais em atividades extracurriculares entre muitas outras vantagens.
Nem a desculpa dos muitos divórcios e separações que assolam as estruturas familiares serve para minimizar a importância desta presença ATIVA. Porque ser pai presente é:
» Assumir as rotinas do dia-a-dia desde o nascimento (dar banho, mudar fraldas, adormecer…e levantar à noite quando choram)
» Ter tempo para brincadeiras a dois (de preferência com momento em que é a criança quem dita as regras)
» Envolver-se e conversar sobre a escola e os amigos
» Estar presente nas reuniões e momentos lúdicos da escola
» Acompanhar as atividades extracurriculares como os treinos, ensaios, jogos e apresentações
Todas estas áreas são importantes para o desenvolvimento da criança, mas acima de tudo, são importantes para a FELICIDADE do pai e de toda a família. Assim ser PAI dá saúde.
Ser pai ou mãe é um trabalho a tempo inteiro e para toda a vida, ainda assim não é um emprego e a pessoa deve lembrar-se que os filhos aprendem por imitação. Se deseja que os seus filhos sejam saudáveis, fisicamente ativos e mentalmente equilibrados então deve ser uma pessoa SAUDÁVEL, FISICAMENTE ATIVA E TRABALHAR O SEU EQUILIBRIO MENTAL. Se quer ser um bom pai/mãe reserve tempo para si – trabalhe a sua saúde e será com toda a certeza o melhor pai/mãe do mundo, para os seus filhos.