Os gadgets mudam o mundo

Salvador da Cunha // Outubro 17, 2016
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Desde que me conheço que sou um apaixonado por gadgets e jogos de estratégia eletrónicos. São dois hobbies que me acompanham pelo menos desde os meus 15 anos, quando com algumas poupanças comprei o meu primeiro computador: um Sinclair ZX81, com a espantosa capacidade de memória de 1K de memória RAM. Ou seja, 1024 bytes, que multiplicado por 8 bites por byte, dava para escrever 8.192 caracteres de código basic. Isso ligava-se à televisão e ao gravador de cassetes, para fazer o download de programas, jogos, etc. A caixa que podem ver na fotografia atrás encaixada foi a extensão de memória de mais 1K, comprada uns meses depois, para poder programar em basic mais umas linhas de código e fazer o download de jogos mais poderosos.

Depressa vendi esta relíquia na Feira da ladra para evoluir para o Sinclair Spectrum 16K, e depois do 128k, já com o leitor de cassetes incorporada.

Aprimorei o vício na universidade Católica, 4 anos depois, já com um departamento de informática «moderno» e cheio de IBM’s de última geração, com dois “drives” de floppy disks e os primeiros ratos, mas onde ainda se aprendia o que fazer com os velhinhos cartões perfurados, com um professor a quem chamávamos bite e que tinha seguramente mais de 70 anos.

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A mania nunca mais passou. Evoluir de versão em versão dos gadgets, como um autêntico vicio, é uma imagem de marca dos que me conhecem bem.

Esta pequena história ilustra o gosto pelo gadget em si, mas o que verdadeiramente me entusiasma é o que podemos fazer com o que a tecnologia nos oferece e a forma como verdadeiramente a democratização de alguns deles, como os smartphones, transformaram sozinhos negócios de dezenas de anos e milhares de milhões de dólares de dimensão.

Negócios com o da música, da fotografia, dos media, até os mais analógicos como o das agendas, dos mapas, e centenas de outros, foram totalmente metamorfoseados em poucos anos por um conjunto de novas empresas que mudaram os paradigmas do negócio em 180 graus.

Quem por enquanto continua a dar cartas são empresas como a Microsoft, Apple, Google, Facebook, Samsung, Tesla e Netflix, e um par de outras que ainda não têm a notoriedade das primeiras. Quem desapareceu: por exemplo a Polaroid e a Kodak, apesar de terem sido estas duas empresas as pioneiras no mundo da fotografia digital, a Blockbuster no mundo dos vídeos e mais recentemente os gigantes Blackberry e Nokia, que caíram a pique e ainda se interrogam sobre novos modelos de negócio.

Eu vou continuar por aqui a surfar a onda da inovação e esta coluna, se bem que não permanente, vai mostrar algumas coisas novas que podem ou não “pegar”, mas pelo menos darão que pensar.

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