Este mês o SimplyFlow é dedicado ao tema relaxar. Todos sabemos que relaxar não é uma indicação para um mês do ano, mas sim para todos. Porém entendi que pôr a tónica no relaxar durante 30 dias, ajudaria a perceber a sua importância e a implementar mudanças.
A nossa vida flui sempre melhor quando conseguimos encontrar escapes, formas de descompressão, que nos libertem do peso de algumas situações.
Quando não temos nenhuma ferramenta para baixar os níveis de stress, normalmente dá asneira. Há pessoas que têm hobbies e são esses que as ajudam a relaxar, a reenergizar, a relativizar uma série de questões, porque enquanto os fazem sentem um tal prazer e leveza, que a perspectiva sobre os problemas, muda.
Os que não têm hobbies, podem sempre procurar formas que percebam claramente que os ajudam a reequilibrar. Porque relaxar é isso mesmo. É desligar do foco de tensão, cortar com aquilo que está a fazer curto circuito na nossa mente e/ou no nosso coração e regressar a nós, à nossa escuta interior que sabe sempre o que é melhor em cada momento.
Mesmo quem sente que está tudo a correr bem na sua vida, deve fazer coisas que relaxem e, portanto, previnam crises. Caminhadas, contacto com a natureza, meditação, massagens, passeios com pessoas que nos fazem bem e mil ideias que podia dar aqui.
O nosso corpo comporta-se como uma chaleira.
Para as que sentem que estão num momento em que nem tudo está bem, lembrem-se: o nosso corpo comporta-se como uma chaleira. Colocamos água e pomos ao lume. Se estamos no meio de um caos, na nossa vida pessoal ou profissional, com muitos fogos para apagar, a água da chaleira ferve mais rapidamente e às vezes, num piscar de olhos, começa a apitar.
O stress oxidativo e as emoções negativas, fazem o lume aumentar para o máximo e por isso a chaleira ferve num instante. A menos que façamos alguma coisa.
Podemos e devemos ir fazendo coisas que nos ajudem a descomprimir e que mantenham a chaleira com a água em temperatura controlada. É o ideal.
Caso não consigam, tentem perceber o que podem fazer e/ou dizer que resulte num retirar do pipo da chaleira. Se for de repente, é mais arriscado, porque às vezes dizemos e fazemos aquilo que não queríamos e cometemos excessos dos quais nos arrependemos.
Quem me conhece sabe quando está prestes a saltar a tampa da minha chaleira. Se isso lhe acontecer, não se sinta culpado. Somos todos humanos e nem sempre conseguimos fazer as coisas “perfeitinhas” como gostaríamos. Mas quando me acontece, peço que me alertem para que eu tenha tempo, nem que seja no último instante, de ir dar uma volta, respirar fundo, ficar em silêncio e só depois tomar a decisão que preciso ou dizer aquilo que julgo necessário.
Pedir a quem nos quer bem essa ajuda, já é um passo importante. Por isso, seja paciente consigo, mas ponha na sua agenda a palavra relaxar. Acabará por descobrir momentos diferentes para o fazer e tudo ficará mais fácil.
Nota: Fotografia de Frederico Martins.