A maternidade é, e sempre será, um dos meus temas preferidos. Para mim a maternidade é um tesouro, uma bênção.
Diz quem me conhece bem, que tenho o hábito de ser um pouco mãe daqueles que amo. Familiares e amigos. É verdade. Tentar mudar isso, é uma absoluta perda de tempo. Sinto que me cumpro e realizo quando cuido dos outros. Na verdade, fui sempre assim, mas depois de ser mãe, apurei esta característica.
Há uma Fátima antes da maternidade e outra depois.
O nascimento da Beatriz fez-me mudar por completo a ordem de prioridades da minha vida e que se manteve com o nascimento do Filipe. Eles estão e estarão sempre em primeiro lugar. Por eles sou capaz de tudo.
Quando penso nos meus filhos, o meu peito enche-se de amor, a minha força multiplica-se, a minha coragem ganha contornos inimagináveis e a minha esperança renova-se. A palavra impossível deixa de fazer sentido.
Cada alegria e conquista deles é celebrada de igual modo por mim. Cada dor que se atravessa nos seus caminhos é vivida a dobrar por mim.
Sou mãe guerreira e protetora e orgulho-me disso.
Procuro orientá-los, estabelecer fronteiras e limites que lhes permitam tomar decisões. Não os poupo quando acho que não estiveram bem numa ação ou palavra. Ao mesmo tempo dou colo. Umas vezes porque eles precisam, outras porque preciso eu de lhes dar. E aquilo que mais gosto de fazer é ouvi-los. Ter disponibilidade para os ouvir é maravilhoso. A maternidade é a mistura disto tudo, regada com muito amor, carinho, abraços e beijos.
Para mim ser mãe, dá-me uma outra dimensão de mim e da vida. Dá um outro sentido à vida.
Por isso é que o meu maior tesouro são os meus filhos.
Nota: Fotografia por Verónica Silva