O tão desejado e temido regresso às aulas

Fátima Lopes // Setembro 11, 2020
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Os nossos filhos vão regressar à escola. Finalmente. Mas há um misto de sentimentos.

Por um lado sentimos alívio, por sabermos o quanto precisam de aprender com o acompanhamento físico dos professores, brincar/conviver com os seus colegas e viver tudo o que é típico das suas idades.  Interagirem com todos aqueles que fazem parte do universo escolar, continua a ser  imprescindível. 

As dinâmicas escolares são fundamentais para o crescimento das nossas crianças e jovens. O saber comunicar, estabelecer pontes, ultrapassar conflitos, mediar, celebrar resultados ou lidar com a frustração de não chegar lá, faz parte da passagem pela experiência-escola. É por isso, que por mais competente que seja o acompanhamento escolar pelo digital, nunca poderá preencher todas estas funções. 

A alegria que vence as incertezas

Este sentimento de felicidade por ver os nossos filhos regressarem à escola, contrabalança com o receio de que ali lhes possa acontecer um qualquer possível contágio. Ninguém sabe, na verdade. Viver subjugados ao medo, é totalmente desaconselhável porque deixamos de viver e passamos a sobreviver. Ter algum receio é legítimo, mas a informação é poder, sempre se disse. E, por isso, quanto mais informação tiverem os nossos filhos sobre os comportamentos que devem adoptar para se proteger a si e aos outros, mais seguros estarão. 

Explicar a importância das máscaras, da higiene e da distância, é imprescindível. Mas sejamos honestos: quem acredita que os nossos filhos vão ficar longe dos colegas? Estiveram presos e agora ainda estão limitados. Desde março, note-se. É compreensível. O meu filho só fala em rever os colegas. Das saudades que tem deles. Como o percebo. Já basta eu não ter uma resposta para aliviar a tristeza que sente por não poder abraçar os amigos como gosta, por não poder dar beijinhos nem mimos às pessoas que ama, fora do círculo de casa. 

Encarar o momento

Como a minha mãe diz, mulher sábia, “olha filha, seja o que Deus quiser. Eu faço tudo direitinho, se Deus entender que tenho de ter esta doença, cá estarei para a enfrentar”. Podem parecer palavras óbvias, mas a mim acalmam-me o coração e lembram-me que o que tiver de ser, será. 

Sofrer por antecipação, não serve de nada. Por isso para a semana, quando os meus filhos entrarem na escola, vou lembrar-lhes o privilégio e a alegria que é poder aprender naquele que será sempre um lugar mágico.

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