O Sagrado Feminino
Existe um movimento chamado Sagrado Feminino que tem ganho nos últimos anos uma enorme força e notoriedade, principalmente entre as mulheres!
O Sagrado Feminino pode ser visto como um movimento espiritual mas não só; é também uma filosofia de vida que tem levado milhares de mulheres a resgatar a sua verdadeira essência e identidade, auto-estima, poder pessoal e sentido de irmandade.
Esta forma de estar na vida oferece conhecimentos sobre espiritualidade, sobre o corpo físico e emocional da mulher, os seus ciclos internos e a sua ligação com os ciclos da Natureza.
Mas, para mim, há algo ainda mais profundo e especial no Sagrado Feminino… é um caminho de Regresso a Casa. É sobre voltar a ter respeito e confiança em nós mesmas e em todos os seres, é sobre dar ouvidos aos ritmos do corpo e da alma, respeitar a nossa verdade e as nossas escolhas e é também sobre honrar a nossa linhagem, a nossa ancestralidade e a Mãe Terra.
Qual a diferença entre Sagrado Feminino e Feminismo?
Feminismo é um movimento político, filosófico e social que defende a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Já o Sagrado Feminino refere-se a um movimento mais espiritual e interno.
É, na verdade, o resgate da energia feminina que existe dentro de cada ser e o regresso à essência amorosa, pacífica e criativa.
Este é um movimento só para Mulheres?
Apesar de ser uma filosofia que movimenta maioritariamente mulheres, a verdade é que o Sagrado Feminino é para homens e mulheres, pois tem a ver com um despertar da energia feminina e esta energia está presente em todos nós.
É um ressurgimento dos valores femininos na cultura, arte, ciência e no psiquismo de todas as pessoas.
Porque surge este movimento?
O movimento Sagrado Feminino surge porque a sociedade moderna nos afastou de tal forma da nossa essência que se tornou urgente “regressar a casa”.
Estamos inseridos numa sociedade patriarcal, capitalista, competitiva e que oprime os valores femininos da criatividade, sensibilidade, compassividade e união. Assim, principalmente as mulheres acabaram por ser fortemente prejudicadas por um sistema que não honra a sua natureza cíclica e oprime a sua força e poder.
Surge então uma necessidade de resgate do poder feminino e muitas mulheres procuram desligar-se do mundo tecnológico e afastar-se do stress e de uma sociedade competitiva, exigente e cheia de regras.
No Sagrado Feminino encontram assim um caminho para o autoconhecimento e desenvolvimento da sua espiritualidade, onde podem também conhecer outras mulheres que, tal como elas, estão na busca de uma vida mais feliz, harmoniosa, leve e com propósito.
Como incorporar o Sagrado Feminino na vida?
Existem muitas formas de viver o Sagrado Feminino: através de conhecimento disponível em livros, cursos, workshops, e também frequentando encontros de mulheres que promovem o desenvolvimento pessoal e a irmandade – a estes encontros chamamos de “Círculos de Mulheres”.
No entanto, através de práticas simples no nosso dia-a-dia, podemos desenvolver uma maior consciência sobre nós e sobre a nossa feminilidade sagrada. Falo disso mesmo, num artigo que escrevi anteriormente para o Simply Flow.
Quais os benefícios do Sagrado Feminino como forma de estar na vida?
Existem muitos benefícios em fazer parte deste movimento, entre eles:
- Autoconhecimento;
- Espiritualidade;
- Conexão e revitalização da energia feminina e criativa;
- Equilíbrio emocional;
- Conexão com a Natureza e os seus elementos;
- Consciência Ecológica;
- Irmandade;
- Maior conhecimento sobre o corpo e o poder da ciclicidade da mulher;
- Libertação dos padrões da sociedade moderna que causam infelicidade: stress, competição, rivalidade, busca da perfeição, medo, culpa e vergonha;
- Amor próprio;
- Empoderamento.
Desta forma, só posso recomendar que cada vez mais mulheres conheçam e incorporem na sua vida este movimento que tanto honro e que faz parte da minha missão!
Este é mesmo um caminho de regresso a casa, onde criamos uma conexão, amor e respeito profundos por nós mesmas, pelas nossas irmãs mulheres, pela Natureza e por todos os Seres.