A saúde respiratória tem sido uma preocupação constante, mas este ano tem sido particularmente desafiador com um aumento significativo no número de casos de doenças respiratórias. Vamos explorar as razões que causaram este aumento, a persistência dessas doenças e o papel crucial da vacinação contra a gripe.
O aumento de doenças respiratórias nesta altura do ano é normal, pois é a altura em que circulam mais vírus respiratórios, sendo que este ano a gripe teve grande influência.
A estirpe da gripe que prevaleceu em termos de contágio foi a gripe A, que teve uma apresentação mais duradoura, causando sintomas prolongados no tempo.
Os sintomas da Gripe A são semelhantes aos da gripe comum.
São eles: febre, tosse, dor de garganta, dores musculares, nariz entupido, dores de cabeça, fadiga extrema e, em alguns casos, vómitos e diarreia.
Esses sintomas podem variar de leves a graves e podem levar a complicações sérias, especialmente em grupos de risco, como crianças pequenas, idosos e pessoas com condições médicas preexistentes.
Os vírus vão sendo cada vez mais resistentes aos tratamentos convencionais, uma vez que os mesmos sofrem mutações genéticas adaptativas.
Há uma questão relativamente à estirpe que circula: dizem que os sintomas são mais duradouros e mais fortes, mas isto não é científico, esta estirpe é semelhante há que sempre houve. Há quem diga que não temos tido gripe nos anos anteriores e é por isso que esta está a ter tanto impacto, principalmente nos idosos e indivíduos com condições médicas preexistentes.
Existe vacina disponível para prevenir a Gripe A (que é a mesma contra a gripe comum).
Esta vacina é projetada para fornecer imunidade contra várias estirpes do vírus influenza incluindo H1N1, ajudando a prevenir a doença ou, se contraída, a reduzir a gravidade dos sintomas. O que é de grande importância para minimizar o impacto na saúde pública.
Claro que a adesão à vacina nem sempre é de acordo com o pretendido e este ano ficou abaixo do mesmo inicialmente. Até porque este ano a vacinação decorreu para maiores de 60 anos nas farmácias, o que por si só pode ter tido algum impacto por ser novidade.
Além da vacinação, em termos de prevenção, devemos ter medidas simples de higiene.
Tais como: lavar as mãos regularmente, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, evitar contato próximo com pessoas doentes e manter ambientes limpos e ventilados.
Não esquecer que estes vírus transmitem-se de pessoa para pessoa através de gotículas libertadas quando a pessoa fala, tosse ou espirra.
Conclui-se que as doenças respiratórias deste ano apresentam desafios, com fatores ambientais, variações genéticas e resistência viral contribuindo para a persistência e aumento de casos.
A vacinação contra a gripe emerge como uma ferramenta crucial, destacando a necessidade de consciencialização e esforços contínuos para combater essas condições. À medida que enfrentamos esses desafios, é imperativo investir em pesquisa e estratégias preventivas para evitar que as doenças respiratórias se tornem mais resistentes no futuro.