O paradoxo do chimpazé

Fátima Lopes // Julho 11, 2018
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O que eu me ri com este livro! Ri e aprendi! Aprender mais sobre o funcionamento da mente irá sempre fascinar-me. É incrível descobrir todo o potencial do nosso cérebro e como existem práticas que nos podem, realmente, ajudar a chegar mais facilmente aos nossos objectivos – dos mais simples aos mais complexos -, a comunicar melhor, entre inúmeras outras coisas.

O Paradoxo do Chimpazé 

E, se eu lhe disser que cada um de nós tem o seu próprio chimpazé e que todos lidamos com ele ao longo da nossa vida? Confuso? Eu explico.

Chimpazé foi o nome divertido que o professor Steve Peters, autor do livro “O Paradoxo do Chimpazé”, escolheu para nos ensinar a tirar partido do nosso “eu” irracional de forma a conseguirmos atingir o que mais desejamos: confiança, sucesso e felicidade. Mas, para compreendermos o nosso chimpazé, ou seja, o nosso “eu” irracional é necessário conhecer também o nosso “eu” racional que o autor denomina como humano.

Todos temos um chimpazé e um humano dentro de nós 

É verdade. Ambos coabitam dentro do mesmo espaço, ou seja, no nosso cérebro, desde do dia em que nascemos. E, diariamente o nosso “eu” racional, que pensa usando a lógica, é atropelado pelo nosso “eu” irracional, que se rege pela emoção.

O chimpazé pode ser o mais forte e o mais rápido a agir, mas com a ajuda do professor Steve Peters, que actua há mais de vinte anos no campo da psquiatria clínica e é consultor especializado em optimizar o funcionamento da mente, todos podemos aprender diversas técnicas para gerir o nosso chimpazé com eficácia através do revolucionário modelo mental criado pelo autor cujo objetivo é simples: ensinar a alinhar a força do “eu” irracional com os objectivos do nosso “eu” racional.

Quantas vezes já sentimos que agimos de forma irracional e que nos deixamos levar pela emoção?  

Por exemplo, numa situação em que perdemos a cabeça no trânsito e começamos a gritar e a buzinar como se não houvesse amanhã? Horas mais tarde, já na tranquilidade do nosso lar ou sentados à secretária do local de trabalho, perguntamo-nos como é que atingimos aquele ponto se não somos assim. Em geral quando nos sentimos assim, após episódios deste tipo que acontecem à maioria das pessoas – não vale a pena negar! -, a sensação que temos é que não temos qualquer controlo no nosso cérebro. Certo? E, a verdade é que nesses momentos não temos mesmo! Mas, não se assuste.

Apesar do cérebro humano ser lógico e ponderar muito bem antes de tomarmos qualquer decisão, ele também é um cérebro primitivo e animal que reage sempre de maneira emocional, age seja qual for a nossa real vontade e que, no fundo, está, nada mais, nada menos, do que preocupado com algo tão simples como a nossa sobrevivência! Como o autor refere no livro, ele não é bom nem é mau, é só um chimpazé. No entanto, a verdade é que quando o nosso chimpazé assume o controlo, ele tanto pode levar-nos a um ataque de pânico quando temos de falar em público, como a devorar tudo o que temos no frigorífico mesmo sem termos fome!

Aprender de forma divertida é sempre muito melhor 

O bom humor é uma constante neste livro. No entanto, não nos desvia da verdadeira importância do tema. Através de exemplos simples, vários diagramas e desenhos lúdicos e sugestões de exercícios práticos, ficamos a perceber como funciona cada parte da nossa mente e aprendemos a desenvolver as nossas habilidades emocionais e os determinados hábitos que nos vão ajudar a alcançar uma vida mais feliz e bem-sucedida.

Nota: Fotografia por Verónica Silva.

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