O direito à liberdade de pensamento

Fátima Lopes // Julho 14, 2019
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Quando se vive num país democrático como é o nosso, nem sempre damos o devido valor ao que é termos direito à liberdade de pensamento. É um dado adquirido, mas a verdade é que o 25 de Abril não aconteceu assim há tanto tempo. Basta-me falar com os meus pais, para me lembrar deste facto.

O 25 de Abril não aconteceu assim há tanto tempo

Lembram eles com frequência, que no tempo da ditadura era proibida a liberdade de pensamento e quem se atrevesse a não concordar com o regime era severamente punido. Os informadores eram mais que muitos, o que facilitava a vida à PIDE, que era implacável. 

Havia o receio de manifestar aquilo que realmente se pensava, até num círculo restrito de amigos. A minha mãe relatou-me que uns vizinhos foram presos por serem denunciados por familiares. Qual o crime que cometeram? Pensar de forma diferente do regime e defender outros valores para o país. 

Uma liberdade condicionada

Em Portugal muitos foram os homens e mulheres que sofreram porque não prescindiram da sua liberdade de pensamento. Alguns pagaram com a vida ou com a destruição completa das suas famílias. No resto do mundo não faltam nomes de quem quase hipotecou a vida por este valor gigante que é a liberdade de pensamento. Foi o caso de Nelson Mandela e Xanana Gusmão, por exemplo. 

Liberdade de pensamento, liberdade de expressão

Hoje celebra-se o Dia da Liberdade de Pensamento, um dos princípios mais importantes da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ser livre para pensar é o expoente máximo da nossa liberdade individual e enquanto esta liberdade não for extensiva a todos os povos do mundo, jamais nos poderemos calar.  

Nota: Fotografia por Verónica Silva

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