O Calvário

Cristina Santos Costa // Fevereiro 7, 2018
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Hoje começo pelo BI da fotografia: Maneira diferente de a olharmos; se repararmos aquele f/5.6 significa exactamente que foi utilizada uma grande abertura pelo que se tornou necessário que o tempo de exposição fosse mais reduzido dadas as condições de luminosidade (1/800seg).

Foi assim que tirei a fotografia que aqui aparece, num passeio por terras da Beira Alta quando as vinhas começam a fazer-se vaidosas enfeitadas de folhas verdes de todos tamanhos, de todos os verdes com que a luz brinca.

Aquele caminho faz-se devagar que as subidas arrefecem a vontade de chegar depressa e os olhos pedem tempo para se perderem naquela paleta de cores.

São tantos os cheiros da terra aquecida pelo sol, dos musgos que resistem agarrados às pedras dos muros que guardam os terrenos da quinta grande.

Por ali chega-se ao Calvário.

Aquele sítio é assim chamado. Em cima de um maciço granítico ergue-se aquela cruz esguia, tão alta que me obriga a olhar para cima, para um céu que ali se enche de um azul que a cidade não conhece.

Da janela do meu quarto vejo aquela cruz. Ao longe adivinho-a do meu tamanho; ali tão perto agiganta-se e fica com a dimensão dos meus sonhos …

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