Há exatamente um ano, falava de Ser Mulher. Disse, na altura, que cada mulher era única, mas que todas nos podíamos definir como tendo doses maiores ou menores de resiliência, determinação, coragem, força, intuição, inteligência e, em particular, uma notável inteligência emocional. São todas estas características que fazem de nós Mulheres Reais.
Somos todas mulheres reais
A que está a viver o melhor momento da sua vida e a que está, talvez, a passar um mau bocado. É a diretora de uma empresa e a mãe a tempo inteiro. É a mulher que quis casar e a mulher que nunca quis casar. É a mãe de 5 filhos e a mulher que decidiu não querer ser mãe. Mulheres reais têm todas as vivências, origens e feitios!
Acima de tudo, uma mulher real respeita-se. A si e aos outros. Às outras, que não tendo as mesmas opções de vida, ou não sendo iguais, merecem o mesmo respeito, sem julgamentos.
Somos sempre mulheres reais
Como se isso não bastasse, quero deixar outra ideia clara: somos sempre, independentemente da fase da vida em que estamos, mulheres reais. Se somos mulheres jovens e temos mil projectos para concretizar ou se já estamos numa fase mais adiantada da vida onde só queremos desfrutar e viver, tudo isso é válido e faz parte da realidade.
Ser mulher real é também aceitar todos os nossos estados de espírito. A tristeza é real. O cansaço e a desmotivação também são reais.
Às vezes sentimo-nos cansadas de tudo o que é esperado de nós. E aí é preciso fincar os pés bem no chão, para sabermos orientar o nosso caminho. Se já se foi abaixo mais que uma vez na vida, não se sinta mal. É sinal de que é uma mulher real. O importante é saber escolher o que fazer para sair daí. A alegria, a vivacidade e a energia, também fazem parte de qualquer mulher.
Quanto mais aceitarmos a nossa normalidade, a nossa condição humana, com as nossas próprias especificidades e particularidades, mais percebemos que somos todas, e sempre, mulheres reais.
Nota: Fotografia por Verónica Silva