“Mulheres que amam de mais” foi um livro que me surpreendeu e que percebo porque se tornou num bestseller que ajudou milhões e milhões de mulheres.
Relata uma série de casos de mulheres para quem o amor e o sofrimento andaram sempre de mãos dadas. É este padrão de comportamento que Robin Norwood, terapeuta conjugal e conselheira pedagógica, chama “amar de mais”, um fenómeno sobretudo feminino.
Em 11 capítulos, a autora – que se especializou, entre outras áreas, no tratamento de padrões mórbidos nas relações amorosas – ensina estas mulheres a viverem relacionamentos amorosos mais equilibrados e gratificantes.
Quando amar deixa de ser saudável…
Quando se persiste num relacionamento que nos consome, mas mesmo assim falta-nos a coragem para nos libertarmos, é quando o amor deixa de ser saudável. É um sinal claro de que nos falta o maior e o mais importante de todos os amores: o amor-próprio.
É esta face menos romantizada do amor, que a autora aborda ao longo deste livro. A face negativa e até destrutiva do amor. A obsessão pelo outro. Os medos e todas as inseguranças.
O amor saudável e o amor insensato
Robin Norwood esclarece bem quais as diferenças entre ambos, explicando quais as razões que levam uma mulher a tornar-se tão tolerante quando ama de mais.
O amor deve ser um acontecimento feliz
Como a autora tão bem recorda, o amor deve ser um acontecimento feliz e não um evento angustiante. Aposte no seu bem-estar emocional, na sua saúde, na sua segurança. Ame-se primeiro a si para depois amar os outros por inteiro e assim ficará mais perto de uma vida tranquila e repleta de felicidade.
Se escolheres começar o processo de recuperação, vais passar da condição de mulher que ama tanto alguém que até dói para a de mulher que se ama a si o suficiente para suprimir a dor.”
Robin Norwood, “Mulheres que amam de mais”
Nota: Fotografia por Verónica Silva