Tive desde muito pequena, um grande fascínio pelo mar. Pela sua vastidão, por me parecer sempre infinito e muito misterioso.
Lembro-me nas idas à praia, de gostar de ficar a contemplá-lo e identificar qualquer pontinho que se movesse no horizonte, tentando identificá-lo. Era uma espécie de jogo que fazia comigo mesma.
São raras as crianças que não gostam de ir à água quando vão à praia. Isso tem a ver com o lado lúdico, mas acredito que também está relacionado com o lado energético. As crianças são muito sensíveis e sentem muitas coisas que não sabem verbalizar e que nós, adultos, nem sempre damos por elas.
O mar acalma e limpa.
Mesmo quando está revolto e agitado, ajuda-nos porque, sem nos apercebermos, redimensionamos as nossas situações, perante a sua imensidão.
O mar como fonte de energia.
O mar energiza. O sal tem um poder incrível de nos renovar e libertar de uma série de fardos que carregamos.
O mar é profundamente terapêutico.
Gosto de ir até locais onde possa observar tranquilamente e demoradamente o mar, porque vejo-o a tocar o céu e, isso, tem em mim o mesmo efeito de uma meditação. É profundamente terapêutico. Observá-lo, respirá-lo e senti-lo.
O poder que o mar tem em nós.
Experimente observar-se a si próprio quando o mar está revolto e não se quer acalmar ou quando está calmo e deixa que qualquer barco navegue bem. As emoções e as tomadas de consciência serão seguramente muito diferentes, porque o mar tem esse poder em nós.
Devemos-lhe profundo respeito, porque até quando revolto ou silencioso, o mar quer-nos sempre bem.
Nota: Fotografias por Verónica Silva.