Muito temos falado nos últimos quase 2 anos, das regras de contenção da pandemia, como, por exemplo, usar devidamente a máscara, manter o distanciamento social e lavar frequentemente as mãos. O objetivo é preservar a nossa saúde e a dos outros. Porém, muita gente esquece-se de adotar comportamentos cívicos básicos, como, por exemplo, não deitar lixo no chão.
Quando se passeia pela cidade de Lisboa, cidade onde vivo e de onde posso relatar a minha experiência, constato que não faltam máscaras caídas no chão ou abandonadas aqui e ali, como se essas não constituíssem um perigo para a nossa saúde, nem fossem uma prova de falta de civismo a todos os níveis.
Nunca compreendi porque motivo as pessoas deitam lixo para o chão.
É falta de educação? É.
É falta de civismo? É.
É não ter respeito pelos outros? É.
É não ter respeito pelo ambiente? É.
Cada vez que vejo alguém a deitar algo para o chão, ou pela janela do carro, como se a rua fosse um caixote do lixo de largas dimensões, fico completamente fora de mim. Não são poucas as vezes que abordo diretamente as pessoas em causa e as questiono sobre o seu comportamento. Infelizmente, limitam-se a dizer: “Não tem nada a ver com isso”. Isto quando não partem para o insulto, típico dos cobardes que não conseguem justificar o injustificável.
Se toda a gente tivesse civismo, as localidades onde vivemos estariam limpas e cuidadas, tal como estão muitas aldeias do nosso país.
Nesses locais, as pessoas têm orgulho e brio nas suas terras ou nas terras que as acolheram. De tudo fazem para que as mesmas estejam impecáveis. No fundo, sabem que serão as primeiras a beneficiar de viver num lugar limpo. A boa imagem que vão deixar aos que veem de fora, faz com que estes tenham vontade de voltar.
O lixo é todo mau, mas algum é particularmente perigoso: as garrafas.
As garrafas de vidro são algumas vezes deixadas irresponsavelmente na rua. Não contentes, há quem as parta de propósito, espalhando vidros pelos passeios.
Há poucos dias, o Brownie, o meu cão, cortou-se numa das patas porque passeávamos num passeio onde estavam alguns vidros, mais ou menos, escondidos nos espaços entre as pedras da calçada portuguesa. Quando me apercebi, já era tarde demais. Reparo diariamente, que em cada passeio que damos, em zonas diferentes, acabamos sempre por passar por restos de garrafas e vidros deixados de forma irresponsável pelo meio do chão.
Estes vidros espalhados pelo chão podem magoar quem por lá passa.
E isto acontece porque quem o faz, não se importa com os outros e vive focado em si. Por isso, aqui deixo o meu apelo: cuidem dos lugares onde vivem como se fossem vossos efetivamente. Sejam eles ou não, estimem-nos, amem-nos. A vossa qualidade de vida vai melhorar e a dos outros também.
Nota: Fotografia por Verónica Silva